lifal-industria-farmaceutica-alagoasDois projetos foram aprovados durante a sessão desta quinta-feira (3) da Assembleia Legislativa do Estado (ALE). O principal deles é referente à destinação de R$ 6 milhões para socorrer o Laboratório Industrial Farmacêutico de Alagoas (Lifal), que está com atividades paralisadas por falta de recursos. E o segundo projeto diz respeito a execução orçamentária de Alagoas.

Ambos os projetos foram aprovados, em primeira votação, nesta quarta-feira (2). Os dois projetos seguem, agora, para sanção ou veto do governador Teotonio Vilela Filho.

Com os R$ 6 milhões, o Lifal deverá pagar os dois meses de salários atrasados dos funcionários, que entraram em férias coletivas na última semana, como informou o Tudo na Hora. Segundo o presidente do órgão, Keylle Lima, a situação caótica do Lifal é decorrente de uma dívida de R$ 80 milhões, dos quais, R$ 35 milhões são referentes a tributos não pagos por gestões anteriores.

Em 2009 o Lifal foi desabilitado e deixou de produzir o remédio Clozapina, que é indicado para o tratamento de transtornos psiquiátricos e o Tacrolimus, indicado para transplantados renais. Esses medicamentos respondiam por 90% da receita corrente líquida do órgão, segundo informou ao Tudo na Hora.

“Sem a receita destes dois medicamentos, nossa situação se complicou e ficamos sem recursos para pagar, inclusive, os salários dos servidores. Mas como reestruturamos a dívida para quitá-la e estamos trabalhando para obtermos, novamente, os registros do Tacrolimus e Clozapina, ainda contamos com o Orçamento estadual”, informou.

Mas o deputado Judson Cabral (PT) também cobrou que o diretor presidente do Lifal, Keylle Lima, seja convocado para prestar esclarecimentos sobre os R$ 3 milhões que já foram repassados ao órgão em 2010. “Sabemos que ele [o Lifal] está passando por dificuldades financeiras e necessita de recursos para se reestruturar, mas é necessário que seja apresentada uma prestação de contas, evidenciando a forma como os recursos foram investidos”, cobrou o petista