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- By Fábio Reis
O Farmacêutico Poeta Carlos Drumond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade(1902-1987) foi um grande poeta, contista e cronista brasileiro. Farmacêutico por formação, formou-se na Escola de Farmácia de Belo Horizonte, em 1925.
Uma vez Aluíso Pimenta, também farmacêutico, perguntou de forma perspicaz ao seu amigo Carlos Drumond de Andrade o Porquê ele havia se formado em farmácia, Carlos Drumond respondeu "Porque eu gosto das pessoas".
Drummond nunca chegou a exercer a profissão de farmacêutico, ele considerava que era inapto ao ofício. Podemos ver em seu poema "Final de História”, publicado em “Boitempo” em 1968, o seguinte parágrafo.
“Vai Amorim: sê por mim o que jurei e não cumpro. Fico apenas na moldura do quadro de formatura”.
No poema ele se refere a Antônio Martins Amorim seu colega de curso. Drumond trocou cartas durante muitos anos com Amorim sobre a profissão.
“Penso que não abrirei farmácia. Não tenho mesmo jeito para isso. Só me resta ser fazendeiro (o que também é pouco agradável para um temperamento como o meu)”, escreve o Drumond ao amigo.
Em 1972, já famoso poeta, Drummond ainda mantém a mesma opinião e escreve que “receoso de matar meus clientes em vez de curá-los, evitei cometer outros pecados além dos literários”.
* Foto reprodução.