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- Categoria: Coronavírus | covid-19
- By Fábio Reis
Fluimucil pode ser adjuvante no tratamento e recuperação das complicações causadas pela COVID-19
Fluimucil: medicamento da farmacêutica italiana Zambon pode ser adjuvante no tratamento e recuperação das complicações causadas pela COVID-19. O objetivo é reduzir o estresse oxidativo consequente à inflamação das infecções virais, principalmente nas células pulmonares
onhecido pelo seu duplo mecanismo de ação antioxidante e mucolítico no tratamento de doenças respiratórias a N-acetilcisteína, ativo do Fluimucil, medicamento da farmacêutica italiana Zambon, pode desempenhar papel importante no tratamento das complicações da COVID-19. O assunto, discutido por especialistas durante o 30º Congresso Internacional da Sociedade Respiratória Europeia 2020 (ERS - European Respiratory Society International Congress 2020), é alvo de duas pesquisas: uma já em andamento na Itália e outra que deve começar este mês aqui no Brasil.
A infecção pelo Coronavírus Sars-CoV-2 gera, em alguns pacientes, um desequilíbrio entre os sistemas de oxigenação celulares e os radicais livres, e o desenvolvimento de um estresse oxidativo que pode dificultar a recuperação dos pacientes. Isso ocorre por causa da tempestade de citocinas, que é uma hiperativação do sistema de defesa do corpo – o sistema imune –, o que provoca uma inflamação sistêmica na tentativa de combater o vírus. “A tempestade de citocinas é estimulada pela molécula interferon-gama e TNF-alfa. Essa informação foi publicada agora em janeiro pela Revista Cell”, explica o professor titular de Biologia Molecular da Unifesp e doutor em Bioquímica, Hugo Monteiro.
Na opinião dele e de outros especialistas, a restauração precoce desse equilíbrio com terapia antioxidante como a N-Acetilcísteina, pode dificultar o surgimento da infecção e proteger o organismo, evitando tanto o início como a perpetuação do dano. "É possível reduzir o risco de exacerbações em algumas doenças pulmonares e em particular na DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) com o uso de antioxidantes e sua ação anti-inflamatória”, declarou presidente do congresso europeu e professor de Medicina Respiratória da Universidade de Ferrara (Itália), Alberto Papi. Ele lembrou que as infecções virais, como a Covid, estão entre as principais causas de DPOC.
A mesma opinião é compartilhada pelo professor Luca Richeldi, da Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade Católica do Sagrado Coração, de Roma. “O uso da NAC (N-Acetilcísteina), em fase experimental, pode representar mais uma opção terapêutica para esses pacientes”³. Para o professor Joan Soriano, pneumologista do Hospital Universitário de La Princesa e da Universidade Autônoma de Madrid, uma das vantagens da abordagem terapêutica é que o medicamento tem excelente perfil de segurança e é bastante conhecido pela classe médica. “A NAC representa um adjuvante seguro e efetivo aos agentes antitrombóticos disponíveis atualmente para restaurar a permeabilidade dos vasos após oclusão arterial. Além disso, vários grupos de médicos têm explorado o uso de NAC em pneumonias graves em COVID-19”, acrescentou.
As exacerbações agudas que podem acontecer em um paciente com DPOC são clinicamente definidas por piora de dispneia (dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta), tosse, produção de secreção e obstrução do fluxo aéreo. E no caso da infecção pelo Coronavírus, pelo menos três meses após a infecção, os pacientes podem apresentar sequelas como falta de ar, dor torácica, tosse, cansaço, fraqueza muscular e ansiedade, entre outros sintomas da chamada Síndrome Pós-Covid ou Covid-19 Persistente.
Segundo Dr. Hélio Osmo, Diretor Médico da Zambon e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica, “O medicamento não cura a doença, mas devido sua ação antioxidante e indicação nos casos de colapso pulmonar/atelectasia e pneumonia é um importante aliado na prevenção e tratamento das complicações ou doenças causadas pelo COVID-19”, defende Dr. Hélio.
Conhecido pelo seu duplo mecanismo de ação antioxidante e mucolítico no tratamento de doenças respiratórias a N-acetilcisteína, ativo do Fluimucil®, medicamento da farmacêutica italiana Zambon, pode desempenhar papel importante no tratamento das complicações da COVID-19. O assunto, discutido por especialistas durante o 30º Congresso Internacional da Sociedade Respiratória Europeia 2020 (ERS - European Respiratory Society International Congress 2020), é alvo de duas pesquisas: uma já em andamento na Itália e outra que deve começar este mês aqui no Brasil.
A infecção pelo Coronavírus Sars-CoV-2 gera, em alguns pacientes, um desequilíbrio entre os sistemas de oxigenação celulares e os radicais livres, e o desenvolvimento de um estresse oxidativo que pode dificultar a recuperação dos pacientes. Isso ocorre por causa da tempestade de citocinas, que é uma hiperativação do sistema de defesa do corpo – o sistema imune –, o que provoca uma inflamação sistêmica na tentativa de combater o vírus. “A tempestade de citocinas é estimulada pela molécula interferon-gama e TNF-alfa. Essa informação foi publicada agora em janeiro pela Revista Cell”, explica o professor titular de Biologia Molecular da Unifesp e doutor em Bioquímica, Hugo Monteiro.
Na opinião dele e de outros especialistas, a restauração precoce desse equilíbrio com terapia antioxidante como a N-Acetilcísteina, pode dificultar o surgimento da infecção e proteger o organismo, evitando tanto o início como a perpetuação do dano¹. "É possível reduzir o risco de exacerbações em algumas doenças pulmonares e em particular na DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) com o uso de antioxidantes e sua ação anti-inflamatória”, declarou presidente do congresso europeu e professor de Medicina Respiratória da Universidade de Ferrara (Itália), Alberto Papi². Ele lembrou que as infecções virais, como a Covid, estão entre as principais causas de DPOC.
A mesma opinião é compartilhada pelo professor Luca Richeldi, da Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade Católica do Sagrado Coração, de Roma. “O uso da NAC (N-Acetilcísteina), em fase experimental, pode representar mais uma opção terapêutica para esses pacientes”³. Para o professor Joan Soriano, pneumologista do Hospital Universitário de La Princesa e da Universidade Autônoma de Madrid, uma das vantagens da abordagem terapêutica é que o medicamento tem excelente perfil de segurança e é bastante conhecido pela classe médica. “A NAC representa um adjuvante seguro e efetivo aos agentes antitrombóticos disponíveis atualmente para restaurar a permeabilidade dos vasos após oclusão arterial. Além disso, vários grupos de médicos têm explorado o uso de NAC em pneumonias graves em COVID-19”, acrescentou.
As exacerbações agudas que podem acontecer em um paciente com DPOC são clinicamente definidas por piora de dispneia (dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta), tosse, produção de secreção e obstrução do fluxo aéreo. E no caso da infecção pelo Coronavírus, pelo menos três meses após a infecção, os pacientes podem apresentar sequelas como falta de ar, dor torácica, tosse, cansaço, fraqueza muscular e ansiedade, entre outros sintomas da chamada Síndrome Pós-Covid ou Covid-19 Persistente4.
Segundo Dr. Hélio Osmo, Diretor Médico da Zambon e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica, “O medicamento não cura a doença, mas devido sua ação antioxidante e indicação nos casos de colapso pulmonar/atelectasia e pneumonia é um importante aliado na prevenção e tratamento das complicações ou doenças causadas pelo COVID-19”, defende Dr. Hélio.
Fluimucil®, acetilcisteína. Uso adulto/pediátrico. Indicações: Dificuldade de expectoração e presença de secreção densa e viscosa. Também é indicado como antídoto na intoxicação acidental ou voluntária por paracetamol. Este medicamento é contraindicado em histórico de alergia à acetilcisteína e crianças menores de 2 anos. “FLUIMUCIL É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA.” “SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO”. Registro MS.: 1.0084.0075 – (FLUV07MBULAJUN2018)
Referências:
1- Gerrits CM, Herings RM, Leufkens HG, Lammers JW. N-acetylcysteine reduces the risk of re-hospitalisation among patients with chronic obstructive pulmonary disease. Eur Respir J. 2003 May;21(5):795-8. doi: 10.1183/09031936.03.00063402. PMID: 12765423.
2- Papi A. Coronavirus: esperti, importante proteggere i pulmoni. Squilibrio sistema causa fibrose, farmaco potrebbe limitarla. Back Invia. Prima News. Prec. Lista Tiloti News Succ. Ultima. 09 settembre, 11:56.
3 - Richeldi L. Coronavirus: esperti, importante proteggere i pulmoni. Richeldi in corso di valutazione studio italiano su efficacia. Back Invia. Prima News. Prec. Lista Tiloti News Succ. Ultima. 09 settembre, 12:06.
4- Cazzola M, Calzetta L, Page C, Jardim J, Chuchalin AG, Rogliani P, Matera MG. Inuence of N-acetylcysteine on chronic bronchitis or COPD exacerbations: a meta-analysis. Eur Respir Rev. 2015 Sep;24(137):451-61.