PFARMA PFARMA
  • Home
  • Notícias
    • Mercado
    • Carreira
    • Legislação
    • Estudos e Pesquisas
    • Eventos
    • Saúde
    • Cannabis Medicinal
  • Blog
  • Emprego
  • Estágio
  • Alertas
  • Seleções
    • Trainee
    • Mestrado | Doutorado
    • Residência Farmácia
    • Docente Farmácia
    • Concursos
Detalhes
Categoria: Estudo e Pesquisa
By Fábio Reis
Fábio Reis
29.Nov

Pesquisadores belgas descobrem proteína capaz de prevenir obesidade e diabetes

BACTERIA DIABETES

A descoberta foi publicada nesta segunda-feira na revista especializada Nature e abre caminho para o desenvolvimento de um medicamento contra as duas doenças que afetam, respectivamente, 600 milhões e 400 milhões de pessoas em todo o mundo.

Batizada de Amuc_1100, a proteína faz parte da membrana externa da bactéria Akkermansia muciniphila, que vive exclusivamente na flora intestinal de animais vertebrados, como o homem.

A equipe liderada pelo professor Patrice Cani descobriu que, administrada em grande quantidade, essa proteína bloqueia completamente o desenvolvimento de intolerância a glicose e de resistência a insulina, tanto em um regime normal como em um regime rico em gordura.

Ela atua como uma espécie de barreira protetora, diminuindo a permeabilidade do intestino e impedindo que toxinas presentes na massa fecal entrem na corrente sanguínea.
Image copyright Alexis Haulot
Image caption Patrice Cani lidera equipe que estuda a proteína na Universidade Católica de Lovaina (UCL)

"A permeabilidade intestinal é responsável pela passagem ao sangue de determinadas toxinas que contribuem para o desenvolvimento da diabete, de inflamações, para o fato de que algumas pessoas obesas sintam fome constantemente e para várias desordens metabólicas", explicou Cani em entrevista à BBC Brasil.

Essa barreira também reduz a absorção de energia pelo intestino, resultando em menor ganho de massa corporal.
Acaso

Foi por acaso que Hubert Plovier, doutorando da equipe de Cani, descobriu a proteína Amuc_1100.

A bactéria Akkermansia muciniphila é conhecida por sua capacidade de reduzir em entre 40 e 50% o ganho de massa corporal e de resistência a insulina em ratos, comprovada em 2013 também por Cani.

Mas o teste em humanos esbarrava na dificuldade de reproduzir sinteticamente a bactéria, sensível ao oxigênio.

Para resolver o problema, Plovier optou pela pasteurização, um processo no qual uma substância é aquecida a 70 graus.

"Descobrimos não só que a bactéria produzida dessa maneira conserva suas propriedades, mas também que dobra em eficácia, detendo totalmente o desenvolvimento da obesidade e da diabete tipo 2, independente do regime alimentar", afirma Cani.

Ao investigar as razões do ganho em eficácia, os pesquisadores observaram a presença da proteína Amuc_1100 ainda ativa na bactéria pasteurizada.

"Quer dizer, a pasteurização elimina o que é desnecessário na bactéria e preserva a proteína, o que explica essa eficácia multiplicada."

A equipe testou os efeitos da proteína isolada em três séries de testes com ratos e obteve, em todas elas, os mesmos resultados do tratamento com a bactéria Akkermansia muciniphila pasteurizada.

Submetidos a um regime rico em gordura e altamente calórico, os animais que receberam a bactéria viva ganharam menos peso e desenvolveram menos resistência à insulina que os que receberam um placebo.

No caso dos que receberam a bactéria pasteurizada ou a proteína isolada, o tratamento deteve totalmente o ganho de peso e a resistência à insulina.


Futuro remédio

O tratamento com Akkermansia muciniphila pasteurizada já foi submetido a uma primeira fase de testes em humanos e a conclusão é que sua administração não apresenta riscos para a saúde.

A prova foi realizada com quatro grupos de dez voluntários, em alguns casos durante 15 dias, em outros durante três meses, seguindo os procedimentos habituais para esse tipo de pesquisas.

Um grupo recebeu uma dose diária de um bilhão de bactérias vivas, outro 10 mil bactérias vivas, o terceiro um bilhão de bactérias pasteurizadas e o último um placebo.

Segundo Cani, nenhum dos voluntários apresentou qualquer problema.

A segunda fase de testes em humanos, para determinar os efeitos clínicos da bactéria sobre a obesidade e a diabete, deve ser concluída no segundo semestre de 2017 e contar com mais de 100 voluntários.

Se os resultados forem positivos, será o primeiro passo para o desenvolvimento de um futuro produto terapêutico contra ambas doenças, que poderia chegar ao mercado em um prazo de cinco ou seis anos.

Já para o desenvolvimento de um remédio, os pesquisadores ressaltam que ainda é necessário testar o uso da proteína isolada em humanos e descobrir uma maneira de produzi-la em grande escala.

O processo todo poderia demorar pelo menos dez anos.

Cani pretende também comprovar os efeitos da Akkermansia muciniphila sobre outras doenças relacionadas, como alto nível de colesterol, arteriosclerose, inflamação intestinal e mesmo câncer.

 

Fonte: BBC

Artigo anterior: Pesquisa revela que azitromicina pode evitar dano cerebral causado pelo Zika Pesquisa revela que azitromicina pode evitar dano cerebral causado pelo Zika Próximo artigo: Descrita estrutura de enzima-alvo para drogas contra leishmaniose e Chagas Descrita estrutura de enzima-alvo para drogas contra leishmaniose e Chagas

Novos conteúdos

  • Rimini Street e ServiceNow fazem parceria com Apsen Farmacêutica para oferecer visão de próxima geração em automação de fluxo de trabalho
    Rimini Street e ServiceNow fazem parceria com Apsen Farmacêutica para oferecer visão de próxima geração em automação de fluxo de trabalho
    Mercado Farmacêutico 22.Mai
  • Sociedade Brasileira de Diabetes combate notícias falsas
    Sociedade Brasileira de Diabetes combate notícias falsas
    Saúde 22.Mai
  • O futuro da saúde e os nutracêuticos: como a transformação no processamento de ingredientes está moldando o setor
    O futuro da saúde e os nutracêuticos: como a transformação no processamento de ingredientes está moldando o setor
    Mercado Farmacêutico 22.Mai
  • Anvisa aprova primeiro tratamento para Ataxia de Friedreich (AF), doença neurológica rara, debilitante, descrita há mais de 162 anos
    Anvisa aprova primeiro tratamento para Ataxia de Friedreich (AF), doença neurológica rara, debilitante, descrita há mais de 162 anos
    Mercado Farmacêutico 19.Mai
  • Pfizer investe mais de 524 milhões de dólares em Pesquisa Clínica na América Latina
    Pfizer investe mais de 524 milhões de dólares em Pesquisa Clínica na América Latina
    Mercado Farmacêutico 19.Mai
  • Desafios no transporte de medicamentos refrigerados como o Mounjaro
    Desafios no transporte de medicamentos refrigerados como o Mounjaro
    Blog 19.Mai
  • Laboratório Teuto transforma carreiras e fortalece relações humanas com projeto inovador
    Laboratório Teuto transforma carreiras e fortalece relações humanas com projeto inovador
    Carreira Farmacêutica 19.Mai

Mais lido

  • Reportagem do Fantástico sobre genéricos provoca manifestações  de entidades farmacêuticas
    Reportagem do Fantástico sobre genéricos provoca manifestações de entidades farmacêuticas
    30.Jan
  • Como é calculada a dose do medicamento infantil?
    Como é calculada a dose do medicamento infantil?
    17.Abr
  • Abuso no uso de pílulas do dia seguinte
    Abuso no uso de pílulas do dia seguinte
    28.Fev
  • Resolução - RDC Nº 44/09 Anvisa
    Resolução - RDC Nº 44/09 Anvisa
    21.Ago
  • Anvisa RDC 20/2011 Controle de Medicamentos Antimicrobianos
    Anvisa RDC 20/2011 Controle de Medicamentos Antimicrobianos
    09.Mai
  • Especial RDC 44/2010 - Antibióticos
    Especial RDC 44/2010 - Antibióticos
    28.Out

Institucional

  • Quem somos
  • Contato
  • Politica de Privacidade
  • Política de Cookie
  • Mapa do Site

Especial

  • Coronavírus
  • Dengue
  • Farmacêutico

PFARMA é um portal de utilidade pública sem fins lucrativos