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Categoria: Estudo e Pesquisa
By UFRN
UFRN
10.Mar

Departamento de Farmácia da UFRN desenvolve lente de contato que libera medicamentos

lente contato medicamento

 

Uma lente de contato capaz de liberar medicamentos de várias classes terapêuticas, tais como antibióticos, antifúngicos e anestésicos, promete melhorar o tratamento de pacientes com uma liberação controlada da medicação, diretamente sobre a córnea, o que tem por consequência direta uma maior comodidade terapêutica. O produto oftalmológico é produzido a partir de hidrogéis de poliálcool vinílico, um polímero solúvel em água e um agente reticulante, o trimetafosfato de sódio. Nesse sistema, é então incorporado um medicamento.

O produto é fruto da dissertação da Farmacêutica mestranda do Programa de Pós-Graduação de Ciências da Saúde, Fábia Julliana Jorge de Souza, uma das pesquisadoras envolvidas, e os experimentos foram desenvolvidos no Laboratório de Sistemas Dispersos (LaSiD), vinculado ao Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). “Essas lentes de contato podem ser usadas no tratamento de diversas doenças oculares, tais como conjuntivite, glaucoma e ceratite fúngica. O que define é a medicação incorporada à lente de contato oftálmica”, explicou Fábia. Em vídeo disponibilizado em https://www.instagram.com/p/B9T7uvilSYQ/, ela deu outros detalhes a respeito da pesquisa.

Denominada Lentes de Contato Oftálmicas Terapêuticas Produzidas com Hidrogéis para Veiculação de Fármacos, o estudo rendeu um pedido de depósito de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Além de Fábia, o grupo autor do depósito de pedido de patente é formado também por Eryvaldo Sócrates Tabosa do Egito, Francisco Alexandrino Júnior, Éverton do Nascimento Alencar, Lucas Amaral Machado e Joerbson Medeiros de Paula. Os cientistas pontuaram também que as lentes de contato são mais uma alternativa pela característica de conduzir moléculas que sejam solúveis em água ou não, denominadas hidrofílicas e hidrofóbicas. Atualmente, há moléculas com potencial para tratamento de doenças oculares que ainda não são utilizadas como formulações oftálmicas em virtude de suas características biofarmacêuticas, como baixa solubilidade e biodisponibilidade.

De acordo com o diretor da Agência de Inovação (AGIR), Daniel de Lima Pontes, antes do depósito em si, o invento passou por uma análise no que diz respeito a aspectos como novidade, capacidade inventiva, aplicação industrial e suficiência descritiva, necessários para a solicitação de patenteabilidade. As orientações e explicações a respeito dos aspectos para patentear uma determinada invenção são dadas na própria AGIR, unidade localizada no prédio da Reitoria, ou através do e-mail patente@agir.ufrn.br. Daniel Pontes frisou que o depósito já permite que a tecnologia esteja disponível para o setor produtivo aproveitá-la a fim de melhorar seus processos e fluxos de trabalho.

 

Causas da deficiência visual são evitáveis

Em termos de saúde pública, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80% das causas de deficiência visual no mundo são evitáveis ou curáveis e mais de 285 milhões de pessoas no mundo todo apresentam alguma deficiência visual, como a cegueira, que está presente em 39 milhões de pessoas. Por outro lado, cerca de 90% dos medicamentos comercialmente disponíveis para uso oftálmico estão na forma de colírio, e estima-se que apenas de 1% a 5% da dose administrada seja absorvida.

O entusiasmo dos pesquisadores com o produto patenteado se justifica porque os tratamentos com colírio têm adesão baixa em muitos casos, com estudos mostrando que até metade dos pacientes não pinga as gotas nos olhos nos horários indicados, principalmente devido à dificuldade da operação ou por não ter alguém em casa para aplicar. Um estudo publicado no Journal of Glaucoma, no ano de 2016, revelou este dado: 9 em cada 10 pacientes com glaucoma não foram capazes de administrar corretamente o colírio e, o uso incorreto do colírio, é responsável por agravar a doença em 65% dos pacientes. Para o grupo de pesquisadores, o início do processo de patenteamento abre a possibilidade de um produto, desenvolvido no Laboratório de Sistemas Dispersos (LaSiD), desencadear uma colaboração com indústrias farmacêuticas interessadas em sua utilização e, dessa forma, chegar à população e proporcionar melhoria na qualidade de vida das pessoas acometidas com doenças oculares.

 

 Texto por Wilson Galvão da Agência de Inovação da UFRN

 

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