PFARMA PFARMA
  • Home
  • Notícias
    • Mercado
    • Carreira
    • Legislação
    • Estudos e Pesquisas
    • Eventos
    • Saúde
    • Cannabis Medicinal
  • Blog
  • Emprego
  • Estágio
  • Alertas
  • Seleções
    • Trainee
    • Mestrado | Doutorado
    • Residência Farmácia
    • Docente Farmácia
    • Concursos
Detalhes
Categoria: Estudo e Pesquisa
By Victor Francisco
Victor Francisco
23.Abr

Eritropoietina pode ser usada para tratar infecções

sepse-tratamento-eritropoietina
A eritropoietina, hormônio produzido no rim e utilizado medicinalmente para tratar a anemia, pode ser usada para tratar a sepse, um grau avançado de infecção. "Atualmente o principal tratamento da sepse é feito com antibióticos e soro para manter a pressão arterial em caso de choque séptico, que é o pior tipo de sepse", afirma a médica Camila Eleutério Rodrigues, do Laboratório de Investigação Médica (LIM 12) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Em sua pesquisa, Camila estudou a utilização do ativador contínuo do receptor da eritropoietina (CERA, sigla em inglês). O estudo mostra que a diferença do CERA para a eritropoietina é a capacidade de funcionar por um maior período no organismo.

 

A sepse é responsável por cerca de 10% das mortes registradas anualmente nos EUA

"O paciente que usa a eritropoietina precisa de três doses semanais. Já com o CERA é possível tratar o paciente anêmico com uma dose

por mês", afirma. O trabalho de Camila realizado no LIM 12 segue a tendência internacional de buscar alternativas para o tratamento da sepse.

A substância também tem outro aspecto que incentivou o seu estudo como alternativa para o tratamento de infecções. A eritropoietina já é usada para tratar anemia em pessoas que têm doença renal crônica. "Ela tem como propriedades a capacidade de inibir a morte celular em alguns casos, além de ser capaz de aumentar a pressão arterial e modular o sistema imunológico, com possível ação de inibição de atividade inflamatória", explica Camila. A vantagem de a eritropoietina ser uma substância utilizada em humanos em outros tratamentos é já serem conhecidos seus efeitos colaterais e saber-se que é uma substância segura.

 

Indução

 

Os estudos foram realizados a partir de induções de sepse em ratos de laboratório pela exposição do abdômen a bactérias. Segundo Camila, esse é o modelo animal que melhor mimetiza a sepse humana. "É o que acontece, por exemplo, quando uma pessoa tem uma úlcera perfurada", afirma. Em um grupo de animais o CERA foi aplicado antes da indução da sepse e, em outro, chamado de grupo séptico, houve apenas a infecção. Além disso, os dois grupos receberam antibióticos e soros, tratamento padrão para a sepse em humanos.

A sepse é definida como uma síndrome de reação inflamatória sistêmica associada a um foco infeccioso. Frequentemente leva à disfunção de múltiplos órgãos, sendo que os mais afetados costumam ser os pulmões e os rins. Nos Estados Unidos, a sepse está associada a 11% das internações em unidade de terapia intensiva (UTI) e é responsável por cerca de 10% das mortes registradas anualmente.

Os animais sépticos apresentaram problemas como disfunção renal, hepática e de pequenos vasos sanguíneos. "Percebemos que eles também têm expressão aumentada de toll like receptors tipo 4 (TLR4), de fator nuclear kappa B (NF-kB) e citocinas inflamatórias. Há ainda a redução na expressão de receptores de eritropoietina no rim", afirma Camila.

O TLR4 é um receptor presente nas células do sistema imunológico que, em contato com bactérias, inicia a inflamação pelo corpo. O NF-kB é uma substância presente no sangue que, quando estimulada, atua no núcleo das células produzindo citocinas, proteínas que atuam na ativação da resposta do sistema imunológico à infecção. Uma grande quantidade dessas substâncias no organismo indica a presença de uma infecção severa.

Os ratos tratados previamente com o CERA apresentaram melhora nas disfunções renal, hepática e microvascular, além de terem menor expressão de TLR4, NF-kB e citocinas. Eles também expressaram mais receptores de eritropoietina no rim que o grupo séptico.

A pesquisa foi desenvolvida por Camila, Talita Sanches, Rildo Volpini,Maria Heloísa Shimizu, Lúcia Andrade e Antonio Carlos Seguro. Também houve participação de Niels Camara e Patrícia Kuriki.

 

Imagem: Attila Schimidt / Flickr
Autor: Victor Francisco Ferreira
Fonte: USP Notícias

Artigo anterior: Pesquisadores buscam novos métodos para identificar produtos de degradação em medicamentos Pesquisadores buscam novos métodos para identificar produtos de degradação em medicamentos Próximo artigo: Pacientes Diabéticos podem ter resposta insatisfatória à quimioterapia Pacientes Diabéticos podem ter resposta insatisfatória à quimioterapia

Novos conteúdos

  • AME Tipo 3: Conitec abre consulta pública sobre incorporação de Nusinersena no SUS
    AME Tipo 3: Conitec abre consulta pública sobre incorporação de Nusinersena no SUS
    Mercado Farmacêutico 17.Jul
  • Julho Amarelo: testagem é fundamental para a detecção precoce da infecção pelo vírus da hepatite
    Julho Amarelo: testagem é fundamental para a detecção precoce da infecção pelo vírus da hepatite
    Saúde 17.Jul
  • Instituto Ceos lança estudo sobre infarto do miocárdio de repetição
    Instituto Ceos lança estudo sobre infarto do miocárdio de repetição
    Saúde 17.Jul
  • Câncer de Cabeça e Pescoço: Brasil registra mais de 40 mil casos por ano
    Câncer de Cabeça e Pescoço: Brasil registra mais de 40 mil casos por ano
    Saúde 17.Jul
  • Pesquisa aponta aumento de casos de câncer de mama em mulheres jovens
    Pesquisa aponta aumento de casos de câncer de mama em mulheres jovens
    Saúde 17.Jul
  • Projeto de lei que cria Estratégia Nacional de Saúde impulsiona a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, afirma grupo FarmaBrasil
    Projeto de lei que cria Estratégia Nacional de Saúde impulsiona a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, afirma grupo FarmaBrasil
    Mercado Farmacêutico 10.Jul
  • Biografia mostra trajetória de fundador da Prati-Donaduzzi, gigante da produção de medicamentos genéricos no Brasil
    Biografia mostra trajetória de fundador da Prati-Donaduzzi, gigante da produção de medicamentos genéricos no Brasil
    Mercado Farmacêutico 10.Jul

Mais lido

  • Reportagem do Fantástico sobre genéricos provoca manifestações  de entidades farmacêuticas
    Reportagem do Fantástico sobre genéricos provoca manifestações de entidades farmacêuticas
    30.Jan
  • Como é calculada a dose do medicamento infantil?
    Como é calculada a dose do medicamento infantil?
    17.Abr
  • Abuso no uso de pílulas do dia seguinte
    Abuso no uso de pílulas do dia seguinte
    28.Fev
  • Resolução - RDC Nº 44/09 Anvisa
    Resolução - RDC Nº 44/09 Anvisa
    21.Ago
  • Anvisa RDC 20/2011 Controle de Medicamentos Antimicrobianos
    Anvisa RDC 20/2011 Controle de Medicamentos Antimicrobianos
    09.Mai
  • Especial RDC 44/2010 - Antibióticos
    Especial RDC 44/2010 - Antibióticos
    28.Out

Institucional

  • Quem somos
  • Contato
  • Politica de Privacidade
  • Política de Cookie
  • Mapa do Site

Especial

  • Coronavírus
  • Dengue
  • Farmacêutico

PFARMA é um portal de utilidade pública sem fins lucrativos