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- Categoria: Eventos Farmacêuticos
- By fabio
Seminário de Fitoterapia e Plantas Medicinais na Rede SUS
UPDATE 1 de agosto de 2011:
Cenário perfeito para discutir a ampliação do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos – PNPMF - no Rio de Janeiro. O Campus Fiocruz da Mata Atlântica – CFMA - sediou, em 21 e 22/7, o Seminário de Fitoterapia e Plantas Medicinais na Rede SUS, promovido pela Fundação e Secretaria Municipal de Saúde do Rio. Foram dois dias de reflexão, troca de experiências e discussão sobre a produção de medicamentos fitoterápicos e sua utilização no Sistema Único de Saúde - SUS. O evento mobilizou órgãos dos governos federal, estadual e municipal, além de diferentes esferas da sociedade civil, a fim de elaborar estratégias e políticas públicas para a produção de fitoterápicos.
Cerca de 150 pessoas discutiram as possibilidades de inovar em harmonia com a biodiversidade e o meio ambiente. Nesta concepção, os programas de desenvolvimento da Fiocruz para atender as diretrizes da PNPMF procuram privilegiar os arranjos produtivos locais, gerando renda entre os agricultores da Área de Planejamento 4, na zona oeste do Rio. Os participantes foram organizados em seis grupos de trabalho, de acordo com suas especificidades. As equipes atuaram na elaboração de projetos para a formação de recursos humanos visando ao cultivo, manipulação, prescrição e dispensação de produtos; educação popular nas práticas integrativas e complementares. Foram discutidas também questões sobre manejo, cultivo e sustentabilidade de plantas medicinais e fitoterápicos, além de pesquisa, desenvolvimento, produção e qualidade, informação, comunicação e, por fim, arquitetura e infraestrutura.
O vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Valcler Rangel, informou que o seminário foi uma forma de articular os atores envolvidos na questão ambiental para que as idéias resultem em um fitoterápico adquirido por meio do desenvolvimento sustentável. Para tornar essa estratégia viável, Rangel explicou o papel determinante da Fundação. “O campus Fiocruz Mata Atlântica é um orgulho para nós e todos os engajados na questão ambiental. Além de preservar, a ocupação desse território faz parte de uma política federal. A área é usada para realização de estudos científicos, ensino e capacitação profissional, o que materializa o compromisso institucional com a inovação e preservação do meio ambiente”, disse.
Condução de políticas públicas de Fitoterápia
Com 5 milhões de m2, o CFMA é um instrumento fundamental na condução dessa política de estado. Além dos estudos de pesquisa realizados pelas unidades, a área se tornou uma espécie de base para o Profito, projeto agroecológico do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz). Um dos objetivos da iniciativa é oferecer alternativas de desenvolvimento sustentável com estímulo à produção local através de capacitação dos produtores agrícolas da região AP4. Mais de 100 famílias fazem parte do programa, que está em fase final. Estima-se que mais de 300 pessoas sejam beneficiadas pelo projeto.
A representante dos agricultores no seminário, Alzenir Silva, demonstrou sua satisfação com o Profito. “Essa parceria expandiu nosso conhecimento e elevou a autoestima de todos, pois sabemos que é importante nossa participação nesta política pública. Além de fortalecer o trabalho e gerar renda aos agricultores, o projeto resgata as tradições da agricultura familiar”, ressaltou. A agricultora explicou ainda que saúde é um substantivo muito mais amplo do que se pensa. “A saúde começa no campo. Ações como saneamento básico, respeito à natureza e alimentação saudável evitam super lotações em hospitais”, concluiu.
O diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe, demonstrou toda a disponibilidade do Instituto para o fortalecimento da PNPMF. “Nosso objetivo é fincar raízes e sair com um projeto concreto, um plano piloto para a Cap4. Estamos engajados e inseridos nessa cadeia, que vai desde o cultivo até a produção de um fitoterápico para disponibilizá-lo ao paciente”, disse.
Durante todo o evento, foram montadas tendas de produtos artesanais feitos pelos agricultores do Profito. O público também pode conferir as novidades orgânicas, como sucos, temperos terapêuticos, recursos naturais para diabetes e hipertensão. Os agricultores distribuíram mudas de plantas medicinais.
Além de profissionais da Instituição, representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa -, do Ministério da Saúde, das secretarias estadual e municipal de Saúde e agricultores da região se reuniram no CFMA para debater sobre o futuro da produção de fitoterápicos no Brasil. Uma iniciativa política que torna a PNPMF uma ação concreta.
As informações são do website da Farmanguinhos / Fiocruz.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro promovem o Seminário de Fitoterapia e Plantas Medicinais na Rede SUS. O evento ocorrerá no campus Fiocruz Mata Atlântica, nos próximos 21 e 22/7, das 8h30 às 17h. O objetivo é reunir profissionais das áreas de saúde, ambiental, agricultura, educação, gestores públicos, organizações sociais e sociedade civil para a discussão de projetos e ampliação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos - PNPMF - na Área de Planejamento 4 (AP 4), que abrange a região da Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Cidade de Deus.
No seminário será discutido o macroprojeto sobre as estratégias da PNPMF. A proposta é gerar um documento final baseado nas discussões dos grupos de trabalho. Para isso, será usada uma metodologia em que todos os atores envolvidos participem com contribuições para se chegar a um projeto específico.
Os participantes podem optar por um dos grupos de trabalho (GT), que correspondem aos eixos do Macroprojeto em questão, para que sua contribuição ajude a alavancar os projetos propostos no seminário. Os facilitadores dos GTs disponibilizarão, antecipadamente, por email, material relativo ao GT escolhido.
Os interessados devem preencher a ficha de inscrição e encaminhá-la para o e-mail profito@far.fiocruz.br .
Além dos debates, o evento terá tendas com sucos verde e natural, temperos terapêuticos, produtos naturais artesanais, recursos naturais para diabetes e hipertensão e plantas medicinais produzidos pelos agricultores locais.
Os grupos de trabalho serão divididos em seis eixos:
Formação de Recursos Humanos para o cultivo, manipulação, prescrição e dispensação
Educação Popular nas Práticas Integrativas e Complementares, Plantas Medicinais e Fitoterápicos
Manejo, Cultivo e Sustentabilidade
Pesquisa, Desenvolvimento, Produção e Qualidade
Informação e Comunicação
Arquitetura e Infra-Estrutura