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- Categoria: Mercado Farmacêutico
- By Fábio Reis
Idosos são os que mais consomem medicamentos no Brasil
A partir dos 65 anos de idade, população tende a apresentar até cinco doenças crônicas.
A população brasileira está envelhecendo com bastante velocidade. Hoje, o País tem cerca de 30 milhões de idosos e a projeção é que em 2050 o número ultrapasse os 70 milhões. A Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan) afirma que este público é o maior consumidor de medicamentos, portanto, trará um importante crescimento ao mercado farmacêutico. Porém, algumas características não podem ser esquecidas. "O público sênior é muito exigente e possui particularidades que precisam ser avaliadas e estudas pelas farmácias. Quem souber entender e atender melhor este público com certeza sairá na frente nesta oportunidade. O idoso costuma ter gastos maiores e com itens de maior margem", pontua o presidente da entidade, Jony Sousa.
A melhoria das condições sociocultural e econômica são as principais responsáveis pela longevidade da população, sem falar, é claro, das alternativas de tratamento às doenças crônicas, pelas quais as indústrias farmacêuticas trabalham dia e noite.
Entre as patologias mais comuns estão as cardiovasculares, pulmonares, derrame, câncer e diabetes. De acordo com dados da IQVIA, os idosos são responsáveis pela movimentação de mais de 1 trilhão de reais e a partir dos 65 anos de idade, manifestam cerca de quatro doenças crônicas. Mais de 42% dos sexagenários tomam, em média, mais de cinco medicamentos por dia. Diante deste cenário, é fundamental pensar em produtos e serviços que atuem diretamente no controle e prevenção dessas doenças, facilitando o acesso e incentivando o tratamento, para que as taxas de abandono diminuam e, para que de fato, como elo da cadeia farmacêutica, possamos ser responsáveis também pela oferta de uma vida longeva. "É preciso pensar em alternativas que proporcionem um envelhecimento igualitário e genuíno à toda população, com independência, dignidade e qualidade de vida", diz Sousa.
O executivo ressalta ainda a importância de se levar em consideração os diferentes perfis e realidades, já que parte da população tende a envelhecer de forma mais precária e outra com condições melhores, o que exige que indústria, distribuição e varejo, estejam preparados para a oferta de produtos e serviços de forma ampla, considerando todas as condições possíveis.
O atendimento em farmácias e drogarias deve ser pautado em cinco passos. Veja a seguir:
• Acesso: proximidade, acessibilidade, conforto e segurança. Esses são os principais atributos do público sênior para a escolha do local em que realizarão suas compras.
• Seções customizadas: produtos de cuidados adultos como as categorias de incontinência; diabetes; suplementos alimentares; higiene pessoal; cuidados orais; itens de nutrição e alimentação sem açúcar; glúten ou lactose e opções integrais; suplementos; vitaminas; produtos específicos de dermocosméticos como as linha anti-idade; são itens essenciais.
• Comunicação visual: a comunicação na gôndola é extremamente importante. Colocar fontes maiores nos informativos e nos precificadores é um bom caminho para facilitar a jornada. É bom também evitar modulares muito altos e expor produtos pequenos nas prateleiras de baixo.
• Oferta de serviços: tudo o que facilita o acesso aos produtos das farmácias e drogarias para idosos, como os de entrega delivery e os de pós-venda, com orientações e lembretes de uso de medicações. Lembretes de que o remédio está acabando e deve ser realizada uma nova compra, por exemplo, são ações bem-vindas.
• Atendimento: o público mais idoso é um público gosta de conversar e pode precisar de mais ajuda durante a compra. Em alguns casos, a ida à farmácia é um evento social. Ao atendê-lo cordialmente e com paciência, aumentam-se as chances de ele voltar e fazer todas as compras, tanto as momentâneas quanto as regulares.
Por assessoria Abradilan