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- Categoria: Mercado Farmacêutico
- By Fábio Reis
Os principais resultados da “Pesquisa Nacional de Performance Farmacêutica” 2022, realizada pela Ipsos Healthcare em parceria com o Sindusfarma, foram apresentados nesta terça-feira (22), em encontro realizado no Figueira Rubaiyat.
Baseada em entrevistas com 650 médicos de 16 especialidades atuantes nas principais regiões do país, a 5ª edição da pesquisa identificou as indústrias farmacêuticas melhor avaliadas nas categorias “Imagem Corporativa” e “Digital” e em 9 critérios de satisfação e desempenho.
A pesquisa foi apresentada por Cassio Damacena e Fabrizio Maciel, respectivamente diretor e “head” de Healthcare da Ipsos Brasil, e avaliou as seguintes especialidades: Cardiologia, Clínica Geral, Dermatologia, Endocrinologia, Gastrologia, Ginecologia, Hematologia, Neurologia, Oncologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Pneumologia, Psiquiatria, Reumatologia e Urologia.
Interações
Segundo Marcos Calliari, CEO da Ipsos Brasil, a preferência dos médicos está dividida quase na mesma proporção entre as interações presenciais e digitais com os laboratórios, embora 78% considerem “práticas” as interações digitais.
Após a pandemia, os médicos querem ter acesso a uma diversidade de canais no seu relacionamento com a indústria farmacêutica, de acordo com suas necessidades, conclui Calliari, com base nas sondagens da Ipsos.
Jornada personalizada
Para o diretor de Inovação e Tecnologia da Novo Nordisk, Joost Wolfs, a próxima fase da transformação digital da indústria farmacêutica será a criação de jornadas personalizadas de interação com cada médico, a exemplo do que grandes plataformas como Google e Spotify já oferecem para seus usuários.
A gerente de Inovação e Marketing Digital da Eurofarma, Lais Gurgel, destacou o desafio dos laboratórios de tornar cada vez melhor a experiência do médico nos canais digitais, por meio de experiências criadas originalmente para esse ambiente. “Experiência digital para o mundo digital”, resumiu.
Saúde e ciência
No início do evento, Calliari apresentou algumas tendências apuradas na pesquisa global que a Ipsos realiza periodicamente em 28 países.
A pandemia fez com as pessoas estejam dispostas a gastar mais em Saúde. Também cresceu a confiança e o otimismo em relação aos benefícios que a ciência pode trazer.
As pessoas também cobram mais autenticidade de marcas e instituições; esperam um papel mais ativo das empresas nas questões sociais, disse Calliari.
Pessimismo
A pesquisa da Ipsos detectou a desconfiança dos brasileiros com as perspectivas pessoais e do país, tendência que contrasta com a confiança observada no resto do mundo.
Os brasileiros consideram “ruim” tanto a economia do país quanto sua condição financeira pessoal e suas maiores preocupações são pobreza e desigualdade, saúde e desemprego. O rumo do Brasil está errado para 76% dos entrevistados.