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- Categoria: Mercado Farmacêutico
- By Fábio Reis

Plano prevê aumento na produção nacional para atingir pelo menos 70% das necessidades em dez anos e fortalecer o setor industrial farmacêutico e de insumos local para o SUS, gerando mais empregos e oportunidades para profissionais da área.
O governo brasileiro anunciou na última segunda-feira (04/04) um plano para aumentar a produção nacional de insumos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e reduzir a dependência do mercado internacional. Atualmente, o Brasil produz apenas 5% dos insumos necessários para o SUS, sendo que os outros 95% são importados da China e da Índia.
O objetivo do governo é que, em até dez anos, o país passe a produzir pelo menos 70% dos insumos utilizados pelo SUS, incluindo vacinas, medicamentos, materiais e outros itens de saúde. A expansão da produção será coordenada pelo Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), formado por 20 órgãos públicos, incluindo ministérios, a Anvisa e a Fiocruz.
A iniciativa visa fortalecer o setor industrial sanitário local e criar oportunidades de emprego para profissionais da área farmacêutica. A produção nacional de medicamentos já representa uma fatia significativa do mercado interno, com diversos laboratórios privados atuando no setor. Além disso, o Brasil possui importantes laboratórios públicos, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que têm um papel fundamental na produção de vacinas e medicamentos genéricos.
A expansão da produção nacional de insumos para o SUS deve gerar novas oportunidades de emprego e contratações, especialmente no setor farmacêutico. Além disso, a iniciativa contribuirá para a melhoria do sistema de saúde brasileiro, com maior segurança e qualidade nos medicamentos e materiais utilizados.
A retomada da agenda do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, que inclui a expansão da produção nacional de insumos para o SUS, foi bem recebida por representantes da sociedade científica e da sociedade civil, gestores do SUS, e profissionais, que destacaram a importância da iniciativa para a saúde pública brasileira, para geração de empregos e para a produção nacional.