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- Categoria: Mercado Farmacêutico
- By Fábio Reis
Tratamento para complicação de doença renal crônica é lançado no Brasil
Um tratamento para hiperpotassemia, complicação de doença renal crônica, insuficiência cardíaca e outras condições, é lançado no Brasil. A molécula ciclossilicato de zircônio sódico hidratado, desenvolvida pela AstraZeneca, é indicada para pacientes adultos que possuem alta concentração de potássio no sangue1.
“Esse lançamento endereça uma necessidade médica até então não atendida e faz parte da transformação que estamos promovendo no Brasil no cuidado com os pacientes que têm doenças cardiovasculares, renais e metabólicas. Compreender a interligação entre essas condições e seus mecanismos é fundamental para detectar, diagnosticar e tratar as pessoas mais cedo. Dessa forma, poderemos postergar ou até mesmo interromper a progressão delas”, ressalta Karina Fontão, diretora médica executiva da AstraZeneca Brasil.
Estima-se que um em cada três pacientes em terapia com inibidor do sistema de renina angiotensina aldosterona (iSRAA) pode desenvolver hiperpotassemia2. Essa classe de medicamentos, recomendada pelas diretrizes nacionais e internacionais, é indicada para pacientes com doença renal crônica (DRC) e/ou insuficiência cardíaca (IC).
O potássio é um nutriente importante, responsável por regular a função nervosa3,4, a função muscular3,4 e o equilíbrio de fluidos e eletrólitos5 no organismo. “A excreção do potássio pelo corpo é predominantemente realizada pelos rins. Desta forma, o paciente com doença renal crônica frequentemente apresenta elevações do nível de potássio, a chamada hiperpotassemia. Somado a isto, um dos medicamentos mais eficazes para tratar a doença renal crônica e impedir sua progressão são os inibidores de iSRAA, que interferem na excreção de potássio. Essa complicação pode colocar a vida do paciente em risco e deve ser tratada em paralelo à manutenção destes medicamentos”, informa Pedro Túlio Monteiro de Castro e Abreu Rocha, médico nefrologista e diretor de Políticas Associativas da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).
No Brasil, dados da SBN apontam que cerca de 10 milhões de pessoas convivem com a DRC6, enfermidade que leva à perda progressiva, e até mesmo irreversível, do funcionamento dos rins. Já a estimativa de pacientes com IC, doença crônica em que o coração não bombeia o sangue de maneira adequada, fazendo com que o corpo não receba oxigênio e nutrientes suficientes pelo sangue, é de 4 milhões de brasileiros7.
De hiper à normopotassemia
Realizados globalmente, os estudos clínicos de fase III demonstraram redução rápida e sustentada de potássio no organismo, em até 1 hora após a primeira dose de ciclossilicato de zircônio sódico hidratado, com controle de 88% dos pacientes durante 1 ano8,9,10,11,12,13.
Além disso, o estudo HARMONIZE avaliou a eficácia e segurança da molécula durante 28 dias em pacientes com hiperpotassemia, resultando em níveis normais de potássio entre 24 e 48 horas1,11,9.
O programa clínico da AstraZeneca CRYSTALIZE inclui estudos de evidências clínicas e de mundo real que pesquisam o benefício potencial da molécula no tratamento de hiperpotassemia em todo o espectro cardiorrenal. A molécula está aprovada desde 2020 pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)14.
As reações adversas mais frequentemente relatadas com ciclossilicato de zircônio sódico foram eventos relacionados a edema, os quais foram reportados por 5,7% dos pacientes tratados. Cinquenta e três por cento destes pacientes foram tratados com a introdução de diuréticos ou com o ajuste da dose de um diurético; os outros não precisaram de tratamento.
Referências
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