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Categoria: Saúde
By Fábio Reis
Fábio Reis
11.Jul

Pesquisadores planejam implantar rastreamento de câncer colorretal no SUS

 

pesquisa clinica

Uma pesquisa em andamento na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) pretende avaliar a viabilidade de implantar um programa para rastreamento do câncer colorretal (no intestino grosso) no Sistema Único de Saúde (SUS).

A iniciativa é coordenada pelo professor José Eluf Neto e conta com apoio da FAPESP por meio do programa Políticas Públicas para o SUS (PPSUS).

“Cerca de 600 indivíduos já foram incluídos e nosso objetivo é chegar a 16 mil nos próximos seis meses. Trata-se do maior estudo sobre o tema já feito no Brasil”, disse Eluf Neto em entrevista à Agência FAPESP.

Cada participante recebe um kit para colher uma amostra de fezes, que é submetida a um exame imunoquímico para detectar a presença de sangue oculto. Caso o resultado seja positivo, a pessoa é encaminhada ao Hospital das Clínicas da FMUSP para fazer uma colonoscopia – exame de imagem capaz de detectar a presença de lesões malignas (tumores) e benignas (pólipos) no intestino.

“Caso seja identificada uma lesão, será feita biópsia. No caso de o diagnóstico de câncer se confirmar, o paciente será encaminhado para o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) para tratamento”, contou Eluf Neto.

O estudo está sendo realizado na Zona Leste da capital paulista – em bairros como Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo, Guaianases, Itaim Paulista, Itaquera, São Mateus e São Miguel –, graças a uma colaboração com a equipe da Atenção Primária à Saúde (APS) Santa Marcelina, parceira da Secretaria Municipal de Saúde na gestão de Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Moradores cadastrados nas UBS dessas regiões, com idade entre 50 e 75 anos, de ambos os sexos, são convidados a participar pelos agentes do Programa Saúde da Família (PSF), que, durante visita em domicílio, entregam o kit para a coleta das fezes e aplicam um questionário.

“Um dos desafios desse tipo de pesquisa é a necessidade de incluir um número muito grande de participantes. Como estamos analisando uma população sem sintomas, o exame de sangue oculto nas fezes dá negativo na maioria dos casos. Nesses primeiros 600 indivíduos avaliados, o índice de positivo foi de 7%. Estimamos que o número final será entre 5% e 10%. E uma pequena parcela dos participantes com resultado positivo no exame de fezes efetivamente terá câncer”, explicou Eluf Neto.

Uma das metas do grupo da FMUSP é medir a aderência da população à iniciativa – tanto no primeiro momento, quando é feita a coleta da amostra de fezes, quanto em uma segunda etapa, nos casos positivos, em que é preciso fazer a colonoscopia.

De acordo com o pesquisador, é necessária uma cobertura de pelo menos 60% da população-alvo para que esse tipo de medida seja efetiva. “E esperamos que pelo menos 70% das pessoas que receberem um resultado positivo compareçam à colonoscopia”, disse o pesquisador.

Ao conhecer a proporção de casos positivos na população estudada, também será possível dimensionar a estrutura secundária e a rede de serviços necessária para garantir a continuidade do tratamento dos pacientes diagnosticados com câncer colorretal.

“Nosso objetivo, portanto, não é mostrar a eficácia do rastreamento, pois quanto a isso não restam dúvidas. Dados da literatura comprovam que esse tipo de medida reduz tanto a incidência como a mortalidade por esse tumor. O que estamos avaliando é a viabilidade de implantar a prática com as condições disponíveis no SUS”, explicou Eluf Neto.

Um dos desafios a serem vencidos, segundo o pesquisador, é a carência de colonoscopistas na rede pública. “Hoje não haveria condições de implantar um programa de rastreamento para todo o município de São Paulo, pois a espera para marcar o exame chega a oito meses. Um dos efeitos colaterais de medidas como essas, que não podemos esquecer, é a ansiedade gerada. Muitas pessoas vão ter um resultado falso-positivo no exame de fezes e vão ficar preocupadas. É preciso ter a colonoscopia disponível”, disse.

Eluf Neto avalia que o tema precisa ser visto como prioridade pelos gestores da rede pública e acredita que os resultados do estudo podem contribuir para o trabalho de sensibilização.

 

Problema comum

 

No Brasil, cerca de 18 mil pessoas morrem anualmente vítimas do câncer colorretal e são estimados cerca de 34,2 mil novos casos em 2016. No estado de São Paulo, é o segundo tumor mais incidente em ambos os sexos, excetuando os casos de câncer de pele não melanoma.

Mais comum após os 50 anos, esse tipo de câncer atinge a parte final do tubo digestivo, entre o intestino delgado e o ânus. O intestino grosso é dividido em cólon e reto. A maioria dos tumores se origina a partir de pequenas lesões chamadas pólipos adenomatosos. Apesar de benignos, são considerados precursores dos carcinomas colorretais. Portanto, uma das maneiras mais eficazes de evitar o aparecimento de câncer é a remoção dos pólipos por meio de colonoscopia. Boa parte dos casos apresenta bom prognóstico se a lesão for detectada e tratada precocemente.

O processo que leva à formação de um carcinoma colorretal demora vários anos e, durante grande parte dessa evolução, pode ser assintomático. Somente quando o tumor progride é que os sintomas tornam-se frequentes, podendo incluir alteração do ritmo intestinal, dores abdominais, presença de sangue (visível) nas fezes e dor ao evacuar.

Alguns fatores de risco conhecidos são: alta ingestão de carnes processadas e embutidos, consumo excessivo de álcool, tabagismo, histórico familiar (casos em parentes de 1º grau), sedentarismo e dieta pobre em fibras.

Mais informações sobre a pesquisa podem ser obtidas pelos telefones (11) 3797-1802/ 1801 ou pelo e-mail jelufnet@usp.br.

Fonte: Karina Toledo - Agência FAPESP

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