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Categoria: Saúde
By Fiocruz
Fiocruz
26.Abr

Imunidade de rebanho no ciclo das arboviroses

aedes aegypti

 

Um artigo de revisão recentemente publicado no periódico Current Opinion in Virology analisou os efeitos da “imunidade de rebanho” na circulação de cinco arbovírus – os vírus da dengue, zika, chikungunya, febre amarela e febre do Nilo Ocidental. Entre os autores do trabalho estão o pesquisador da Fiocruz Bahia, Guilherme Ribeiro, e os pesquisadores visitantes Uriel Kitron e Albert Ko.

A “imunidade de rebanho” se dá quando um número alto de pessoas se tornam imunes após adquirir determinada doença e, assim, protegem o resto da população que não se infectou ou não foi vacinada, porque a transmissão da doença se torna mais difícil com a redução das pessoas suscetíveis na população. Revisando a literatura, os pesquisadores constataram que a imunidade de rebanho, após as pandemias de zika e chikungunya, alcançaram cerca de 50% em várias regiões das Américas.

Para os arbovírus com transmissão humano-mosquito-humano, como dengue, zika e chikungunya, a imunidade de rebanho tem um grande impacto na circulação viral e no risco de infecção humana, com grandes surtos explosivos quando esses vírus são introduzidos em populações que nunca foram expostas a eles. Após um grande surto inicial, pequenos surtos periódicos ou longos períodos com baixa transmissão viral pode ocorrer, uma vez que a imunidade de rebanho limita a eficiência da transmissão ou mesmo a conduz a uma extinção temporária.

No caso dos vírus da febre amarela e da febre do Nilo Ocidental, por suas transmissões envolverem ciclos enzoóticos que tem, respectivamente, primatas não humanos e pássaros como reservatórios dos vírus na natureza, a circulação desses vírus e ocorrência de surtos em humanos é menos frequente por causa da interações complexas entre clima, populações de mosquitos vetores, nível de imunidade nas populações de hospedeiros que servem de reservatórios para os vírus e oportunidade de encontro dos vírus com populações humanas suscetíveis.

Em 2018, um estudo liderado por Ribeiro e com a participação de vários pesquisadores da Fiocruz sugeriu que a grande epidemia de zika que ocorreu em Salvador, em 2015, tenha gerado imunidade de rebanho cruzada para o vírus da dengue, levando uma importante redução na transmissão da dengue na cidade nos anos seguintes. Essa possibilidade de imunidade de rebanho cruzada entre os vírus da zika e da dengue é biologicamente justificada pelo fato dos dois vírus serem da mesma família e mesmo gênero (Flavivírus) e apresentarem muitas similaridades genéticas e antigênicas.

Outro estudo, de 2019, liderado por Ko e também com a participação de vários pesquisadores da Fiocruz, demonstrou o contrário: que pessoas que já tinham tido dengue previamente tiveram menos chance de adquirir infecção por zika, também dando suporte a possibilidade de imunidade de rebanho cruzada entre esses dois vírus.

Esse tipo de revisão é importante para ajudar na compreensão dos padrões temporais de circulação dos arbovírus, em especial pelos desafios enfrentados pelos sistemas de vigilância. Os autores sugerem que o investimento em programas de vigilância e pesquisa, impulsionado pelas recentes epidemias e pela atenção dispensada a elas pela mídia, deve ser realizado de forma consistente e contínuo para um melhor entendimento da dinâmica da transmissão dos arbovírus.

 

Fonte: Fiocruz Bahia

 

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