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- By Fábio Reis
Mais uma farmacêutica é vítima de feminicídio
Farmacêutica Gabriela Alves Grecco foi empurrada do sétimo andar do prédio onde morava pelo namorado, em mais crime chocante contra uma mulher farmacêutica.
Mais uma farmacêutica foi vítima de feminicídio. Gabriela Alves Grecco, de 34 anos, foi encontrada morta no pátio do prédio onde vivia, em Itajaí, Santa Catarina, na manhã da última terça-feira, 14 de março. Ela foi empurrada do sétimo andar por um homem que chegou com ela no prédio na noite anterior. Populares e testemunhas contaram que Gabriela discutiu com o homem antes de ser empurrada da sacada. O homem, que segundo a polícia civil seria namorado da vítima, fugiu do local após o crime.
A farmacêutica Gabriela chegou a ser levada com vida à UPA do cordeiros, próximo de onde morava, mas não resistiu. Gabriela Greco era farmacêutica, formada pela Universidade Federal do Pampa, em Uruguaiana, cidade onde nasceu.
O delegado Eduardo Ferraz, da Divisão de Investigação Criminal (DIC), descartou a hipótese de suicídio e está tratando o caso como feminicídio. O policial já conversou com alguns familiares da vítima e recebeu imagens do circuito interno das câmeras de segurança. Segundo a Polícia Militar, não há qualquer boletim de ocorrência de violência doméstica registrado em nome da vítima em Santa Catarina. O homem suspeito não tinha sido localizado até o fechamento desta matéria (15/3).
O caso de Gabriela é mais um entre os recentes casos de feminicídio contra farmacêuticas que ganharam destaque nacional. No Dia Internacional da Mulher, a farmacêutica Marcelle Christine de Bulhões, de 34 anos, foi morta a pedradas pelo ex-marido em plena via pública na cidade de Maceió, em Alagoas. No dia 2 de fevereiro, a farmacêutica Yasminny Couto Ribeiro, de apenas 28 anos, também foi assassinada a tiros pelo ex-namorado em Sumidouro, na Região Serrana do Rio de Janeiro em mais um crime de feminicídio.
É importante ressaltar que a violência contra a mulher é um problema grave e recorrente em nosso país. Recentemente, o Conselho Federal de Farmácia, juntamente com os conselhos regionais, lançaram a campanha "Não se Cale", que aborda a violência contra a mulher e se inspira na luta da farmacêutica Maria da Penha para combater a violência contra a mulher.
O feminicídio é o assassinato de uma mulher pela condição de ser mulher, caracterizado como um crime hediondo. Segundo dados do Monitor da Violência, em 2020, foram registrados 1.350 casos de feminicídio no Brasil, um aumento de 1,9% em relação ao ano anterior. A violência contra as mulheres é um problema social que precisa ser enfrentado por toda a sociedade. É importante que os casos sejam denunciados e que as leis de proteção às mulheres sejam cumpridas para que mais vidas não sejam ceifadas.
O Pfarma se solidariza com os familiares da vítima, com os farmacêuticos de Santa Catarina e com o CRF/SC nesse momento de dor e tristeza, pede punição exemplar ao culpado e clama pelo fim da violência contra a mulher.
Texto por Fábio Reis