Mulher de oito meses de gestação morreu após receber injeção de vitaminas em farmácia sem receita médica; bebê que ela esperava também não resistiu. Polícia investiga caso.

Uma grávida de oito meses morreu em uma farmácia em Cuiabá, após receber uma injeção de vitaminas. Elaine Vasconcelos, de 32 anos, teria ido à farmácia em busca de medicamentos para melhorar a imunidade, sem receita médica. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) suspeita que a causa da morte tenha sido um choque anafilático pelo uso de medicações endovenosas, mas a confirmação ainda será feita. O bebê que ela esperava também faleceu.

A Drogaria, responsável pela aplicação da medicação, indicou o Neo Cebetil, um complemento vitamínico dos complexos B e C. Segundo o proprietário da farmácia, a aplicação da injeção foi suspensa assim que a gestante começou a passar mal. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada, mas a grávida já estavam sem sinais vitais quando chegaram ao hospital.

A Polícia Civil investiga o caso e os prontuários médicos do Samu informam que Elaine foi encontrada já em parada cardiorrespiratória na farmácia, e os procedimentos de reanimação foram iniciados. A medicação que ela tomou na farmácia foi recolhida para perícia.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de Mato Grosso (Sincofarma-MT), José Antônio Parolin, explicou que todos os associados recebem treinamentos e participam de cursos de injetáveis. No entanto, a Drogarias Econômica, responsável pela aplicação do medicamento, não é associada do sindicato. A orientação do sindicato é aplicar qualquer injetável apenas mediante receita médica. Segundo a entidade, a aplicação pode ser feita por um técnico, desde que tenha um diploma de curso de injetáveis e sob a orientação de um farmacêutico.

A polícia investiga o caso para entender as circunstâncias que levaram à morte da gestante e do bebê. A aplicação de injeções em farmácias são autorizadas em estabelecimento que cumpra as exigências sanitárias e possua profissionais devidamente habilitados.

Confira também: Nota do CRF/MT sobre caso de grávida que morreu após administração de injetável em farmácia