O tabagismo é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença crônica, causado pela dependência à nicotina, substância psicoativa presente nos produtos à base de tabaco, altamente cancerígena.

"A dependência da nicotina expões os fumantes a milhares de substâncias, muitas delas tóxicas, fazendo com que o tabagismo seja um fator causador de várias doenças. Devido a um possível comprometimento da capacidade pulmonar, o fumante tem mais chances de desenvolver sintomas graves da doença", informa Ana Claudia Hadid, gerente do Núcleo Farmacêutico da Poupafarma.

Apesar de ser um hábito difícil de mudar, uma das principais recomendações dos especialistas para abandonar o cigarro é a alteração de rotina que leva a vontade de fumar, como, por exemplo, o café após o almoço, e a adoção de práticas saudáveis incluindo alimentação adequada, exercícios físicos e ingestão de bastante líquido. Tentar envolver amigos e familiares na luta contra o tabagismo também pode tornar a tarefa mais fácil.

"Quando a atitude de abandonar o vício se torna muito difícil, a recomendação é consultar um profissional de saúde, que irá analisar o histórico do paciente e indicar o melhor tratamento. Na consulta deverão ser avaliados a motivação do paciente em deixar de fumar, seu nível de dependência à nicotina, se há indicação ou contraindicação do uso de medicamentos e a existência de comorbidades psiquiátricas", alerta Ana Claudia.

Normalmente, os tratamentos para a dependência à nicotina têm como base a abordagem cognitivo comportamental. O objetivo é detectar situações de risco que levam o indivíduo a fumar e o desenvolvimento de estratégias para o enfrentamento dessas situações, visando tanto a cessação do tabagismo, como a prevenção de recaídas. Em casos específicos, podem ser utilizados medicamentos que servem de apoio a essa abordagem, sempre com o acompanhamento do médico que prescreveu.

"É importante frisar que livrar-se do vício do cigarro é um desafio que exige força de vontade para substituí-lo por hábitos novos e mais saudáveis, pois é a saúde e o bem-estar que estão em questão", conclui a farmacêutica.

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