- Detalhes
- Categoria: Carreira Farmacêutica
- By Jornal O Povo
O papel do farmacêutico no aleitamento materno
Na semana que marcou o Dia Internacional de Doação de Leite Humano, celebrado no dia 19 de maio, farmácias e drogarias na capital e no interior realizaram uma campanha de arrecadação de frascos de vidro em prol dos Bancos de Leite Humano. Este papel social pode ser desempenhado por elas, uma vez que devem ser vistas como estabelecimentos de saúde, não como comércio.
Por este profissional de saúde ser mais facilmente encontrado nas farmácias comunitárias e oferecer serviço gratuito de orientação à população, o farmacêutico muitas vezes é procurado para resolução de problemas relacionados ao aleitamento materno. Apesar da amamentação ser uma prática natural, muitas mães possuem dificuldades ou dúvidas quanto a sua realização, comprometendo tanto o desenvolvimento e a nutrição do bebê, quanto a recuperação da mãe.
A farmácia é, frequentemente, o primeiro lugar que pais e mães recorrem quando possuem problemas na amamentação. Nesse quesito, a responsabilidade do farmacêutico é tão grande quanto a de qualquer outro profissional da área da saúde. Nossa formação está consolidada no conhecimento sobre os medicamentos e, apesar de não termos disciplinas específicas no que remete ao cuidado do binômio mãe-bebê, temos papel essencial como motivadores e protetores do aleitamento materno, evitando assim o desmame precoce. Nossa orientação é baseada na Portaria n° 2051/01 e Resolução RDC n° 221, de 5 de agosto de 2002, que estabelecem os novos critérios da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras, tendo como objetivo contribuir para a adequada nutrição dos lactentes e crianças até três anos de idade.
O conhecimento sobre uso de medicamentos, técnica de amamentação, benefícios do leite materno, assim como aspectos culturais, emocionais e socioeconômicos relacionados a mãe, são considerados para que o farmacêutico estreite laços com a mãe, criando uma relação de confiança e corresponsabilidade, estimulando o auto-cuidado e a percepção de problemas.
Autor: Cristiane Vasconcelos Parente Martins - crysparente@gmail.com - Farmacêutica, membro do projeto Farmácia Amiga da Criança
Fonte: Jornal O Povo.