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Categoria: Estudo e Pesquisa
By O Observador
O Observador
14.Jan

Cultura de células em três dimensões para testar medicamentos

 cultura celula teste medicamento

Testar um medicamento num animal de laboratório ou em células em cultura pode dar resultados distintos. O melhor é simular o efeito do fármaco no órgão que se pretende tratar ou onde pode ser tóxico.

Todos os medicamentos, antes de serem testados em humanos, passam por uma fase de ensaios pré-clínicos em modelos animais ou celulares. Mas o processamento destes compostos no fígado de um animal poderá ser diferente do que acontece num fígado humano, tornando mais difícil uma previsão fidedigna dos efeitos. O Laboratório de Modelos Celulares, no Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica, liderado pela investigadora Catarina Brito, dedica-se a estudar modelos celulares que melhor mimetizem o funcionamento dos órgãos, nomeadamente do fígado.

Desde o início da investigação de uma molécula que possa vir a ser integrada num medicamento até à comercialização desse fármaco podem decorrer uma ou duas dezenas de anos – se o processo for bem-sucedido. Muitas vezes a molécula não chega a passar dos ensaios clínicos, seja devido aos efeitos secundários ou aos problemas em termos de segurança. Usar modelos celulares apresenta duas vantagens em relação aos modelos animais: manter células em cultura é menos dispendioso do que manter um biotério e usar células humanas garante melhores estudos sobre segurança os efeitos do fármaco.

Contudo, nem sempre é suficiente manter uma cultura de células para testar o efeito de um químico, porque algumas células, como as do fígado, perdem as características e funções quando não estão integradas num tecido ou órgão. Mas também não seria viável, pelos custos associados, replicar um órgão completo para avaliar a toxicidade ou o caminho percorrido pelo composto. Assim, os modelos de tecidos com estrutura tridimensional são simples o suficiente para poderem ser replicados, mas complexos o quanto basta para replicarem a função do órgão. Com a vantagem de poderem ser mantidos durante muito tempo para avaliar o efeito do composto a longo prazo.

Os hepatócitos – células do fígado – são colocadas num tanque agitador (biorreator) para se irem agregando e ajustando com a mesma estrutura que teriam num órgão real. O ambiente físico-químico e molecular que é criado, o oxigénio e nutrientes que são fornecidos, reproduzem o ambiente dentro do organismo e o fluxo sanguíneo. Associado à memória biológica que as células mantêm é possível reconstruir, por exemplo, os canais que conduzem a bílis. Se inicialmente se usavam hepatócitos com origem em biópsias, agora podem ser derivados a partir de células estaminais.

 

O conhecimento que vai das universidades para as empresas

O laboratório liderado Catarina Brito está integrado na Unidade de Tecnologia de Células Animais do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET), em Oeiras. Um instituto que, conforme referiu ao Observador Paula Alves, diretora executiva do IBET, nasceu da vontade de dois investigadores – Manuel Carronda e Sampaio Cabral -, na altura no Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. A ideia era colocar a ciência ao serviço das empresas. "Partir da ciência por eles gerada e transferir para a economia e sociedade a capacidade de criar riqueza e qualidade de vida", lê-se na edição comemorativa dos 25 anos, completos em 2014.

A investigação desenvolvida pelos institutos universitários é divulgada entre pares, mas tem dificuldade em chegar às empresas. O IBET pretende promover esta transferência de conhecimento e servir de ponte entre os associados – entre as universidades e institutos de investigação e as empresas, nomeadamente as que podem beneficiar dos avanços no conhecimento biotecnológico, como o setor agroalimentar, florestal ou farmacêutico. São já 50 as empresas nacionais e 60 as multinacionais a terem beneficiado dos serviços desta instituição privada sem fins lucrativos. Além de servir de ponte, o IBET também desenvolve investigação empregando doutorados.

Entre os projetos desenvolvidos no instituto, Paula Alves destaca o melhoramento do arroz, o estudo das propriedade antioxidantes dos sumos de fruta, a certificação dos azeites ou a utilização dos subprodutos da cortiça para a cosmética. Mas também toda a investigação ligada à saúde, como o desenvolvimento de modelos para testar fármacos ou o desenvolvimento de novas vacinas – que se baseiam em vírus artificiais ou que são mais abrangentes. Neste campo, Paula Alves deseja que cada vez se criem mais ligações com a investigação e prática clínica.

 

Fonte: Por Vera Novais para o portal O Observador - http://observador.pt/2015/01/01/cultura-de-celulas-em-tres-dimensoes-para-testar-medicamentos/

Foto: Reprodução

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