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Categoria: Estudo e Pesquisa
By Fábio Reis
Fábio Reis
03.Ago

Novo tratamento para endometriose está em desenvolvimento

laboratorio pesquisa

Pesquisa aponta que 3 em cada 10 mulheres que usam contraceptivos orais possuem alguma comorbidade. Endometriose foi uma das mais citadas.

 

 

Um levantamento encomendado pela Organon, farmacêutica global focada em saúde feminina, apresentou um raio-x das usuárias de pílulas anticoncepcionais no Brasil. Realizada com 1005 mulheres, com média de idade de 32 anos, a pesquisa feita pela Inception revelou que aproximadamente 3 em cada 10 usuárias de contraceptivos orais possuem alguma comorbidade. A endometriose foi uma das patologias mais citadas por elas. De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a doença atinge 1 a cada 10 brasileiras. 

Dor pélvica crônica e desconforto na relação sexual são sintomas que podem ser um indício da doença, que surge na fase entre a primeira e a última menstruação. Segundo o manual de endometriose publicado pela Febrasgo, entre 30 a 50% dos casos de infertilidade tem relação com a endometriose1. Com o compromisso de ouvir as necessidades do público feminino e na tentativa de ajudar a reverter esse quadro, a Organon fez recentemente a aquisição da Forendo Pharma, uma empresa focada no desenvolvimento de novos tratamentos para a saúde da mulher. Dentre eles, um tratamento inovador para a endometriose, que poderá vir a preencher uma lacuna terapêutica. 

"Apesar da alta ocorrência de endometriose, as opções atuais de tratamento não estão abordando adequadamente os sintomas dolorosos e desafiadores das mulheres que vivem com esse transtorno", diz a dra. Sandra Milligan, chefe global de Pesquisa e Desenvolvimento da Organon. 

A endometriose é caracterizada pela presença de tecido endometrial (aquele que reveste a cavidade uterina por dentro) fora do útero. Embora seja uma doença comum, o diagnóstico ainda é um dos principais desafios médicos. “Quando a paciente tem sintomas sugestivos e a investigação com exames específicos, como a ressonância magnética da pelve, não é feita, isso pode ser um problema. Se a endometriose não for tratada, pode haver uma progressão da doença, levando a sintomas mais graves e também ao acometimento de outros órgãos; além de ser uma das causas de infertilidade”, afirma a ginecologista Mariane Nunes de Nadai, membro do comitê de anticoncepção da Febrasgo. 

O tratamento em desenvolvimento pela Forendo já está na fase de avaliação da segurança do medicamento, iniciando a análise de eficácia ainda em um número restrito de pacientes. Trata-se do desenvolvimento do FOR-6219, um inibidor da 17β-hidroxisteróide desidrogenase oral tipo 1 (HSD17B1)2, enzima que provoca elevação do estradiol, que é o hormônio responsável pelo crescimento do tecido endometrial. O FOR-6219 tem o potencial de atuar exclusivamente nos tecidos atingidos pela endometriose sem alterar os níveis hormonais sistêmicos da mulher. Essa característica permite que ele seja avaliado como uma opção de tratamento de longo prazo para a endometriose. 

 

Endometriose e infertilidade 

Boa parte das mulheres só descobrem a doença quando estão tentando engravidar. Apesar de a infertilidade feminina ter na endometriose uma das suas principais causas, não significa dizer que toda mulher infértil tenha endometriose e nem que toda mulher com endometriose seja infértil. De acordo com Mariane de Nadai, se não houver outros fatores para dificultar a gestação, o indicado é estimular a paciente a tentar engravidar de forma espontânea por até seis meses. 

“Em geral, a gente não deixa essa paciente sob tentativas por mais tempo porque a cada mês em que ela está sem tratamento da endometriose e tentando engravidar, pode haver uma progressão dos focos da doença. Por isso, depois desse período, partimos para técnicas de reprodução assistida”, explica a especialista. 

A boa notícia é que, quando se fala sobre fertilização in vitro, estudos apontam que a eficácia da técnica entre as mulheres que têm a doença e as que não têm é bem parecida. “Deixando de lado o fator idade ou algum outro tipo de acometimento, atualmente, estudos mais robustos mostram que não há diferenças significativas em taxas de sucesso entre aquelas pacientes que têm endometriose e as que não têm, quando se submetem a uma técnica de fertilização in vitro”, informou Mariane. 

 

Referências 

  1. Fonte: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) - Manual de endometriose 2014/2015 http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/13162/material/Manual%20Endometriose%202015.pdf 
  2. Fonte: https://www.organon.com/brazil/news/organon-assina-acordo-para-a-aquisicao-da-farmaceutica-forendo/  
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