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Categoria: Saúde
By Fábio Reis
Fábio Reis
01.Jun

Butantan inicia o desenvolvimento da primeira vacina contra gripe aviária para humanos do Brasil

gripe aviaria influenza h5n1

O imunizante utiliza a mesma tecnologia usada na produção da vacina da influenza sazonal, pela qual são entregues anualmente 80 milhões de doses ao PNI

 

 

O Butantan já iniciou o processo de desenvolvimento de uma possível vacina contra a gripe aviária em humanos. No momento, os testes estão sendo realizados com cepas vacinais cedidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o primeiro lote piloto já está pronto para testes pré-clínicos. O objetivo do Instituto é preparar o país para o enfrentamento de potenciais pandemias a partir do aprendizado acumulado com o desenvolvimento e disponibilização de vacinas para Covid-19 nos últimos anos.

A gripe aviária tem o potencial de causar uma nova pandemia. Especialistas do instituto e de outras organizações de saúde brasileiras e mundiais já vislumbram essa possibilidade, pela recente disseminação de influenza aviária mundo afora, sobretudo o subtipo H5N1, que vem dizimando aves e tem uma taxa de letalidade de 50% em humanos. O Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de emergência zoosanitária em todo o território nacional em função dos casos de gripe aviária detectados em aves silvestres, e o Ministério da Saúde monitora casos suspeitos em humanos.

O trabalho de desenvolvimento do imunizante começou em janeiro, quando as lideranças científicas do Butantan passaram a acompanhar com atenção a disseminação do vírus influenza A aviário pelo mundo, a partir das lições aprendidas com a Covid-19. “Iniciamos trabalhos para tentar achar um protótipo de vacina contra a gripe aviária em um esforço de vários pesquisadores do instituto. O Butantan tem que cumprir esse papel no Brasil, de cada vez mais se capacitar de uma forma estratégica para responder as demandas que vão aparecer”, afirmou o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás.

O Butantan pretende ter um estoque de vacinas feitas com três cepas vacinais da influenza aviária: influenza aviária A/Anhui/1/2005 (H5N1); influenza aviária A/Astrakhan/3212/2020 (H5N8); e influenza aviária A/duck/Vietnam/NCVD-1584/2012 (H5N1). As cepas chegaram via Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, e pelo Instituto Nacional de Controle e Padrões Biológicos (NIBSC), do Reino Unido, conforme alinhamento com a OMS.

 

Estoque estratégico de vacinas contra a gripe aviária

Segundo Esper, é importante que o Butantan esteja preparado para ajudar o país em caso de uma pandemia da doença. “A gente não sabe quando vai acontecer essa grande pandemia, mas ela um dia vai chegar e exigir respostas. A gripe aviária necessita de opções de prevenção e outras formas de enfrentamento”, ressalta.

Para ganhar tempo na produção, especialistas do Butantan utilizam a mesma tecnologia usada na produção da vacina da influenza sazonal, pela qual o Butantan entrega anualmente as 80 milhões de doses utilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), que as distribui para o Sistema Único de Saúde (SUS).

“O Butantan está estudando o desenvolvimento da vacina contra a influenza aviária, já utilizando a infraestrutura da fábrica de vacina influenza sazonal, que tem alta capacidade e obedece a normas de qualidade internacionais. Além disso, dominamos as tecnologias de produção de vacinas em ovos”, diz a diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Butantan (CDI), Ana Marisa Chudzinski-Tavassi.

Antes da produção em si, o Butantan se uniu a uma junta nacional, que envolve o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre outros players, para nivelar ações a fim de contribuir com planos de contingenciamento da gripe aviária no Brasil. “Isso é uma ação governamental. Aprendemos que temos que fazer vigilância, que faz sentido ter um estoque estratégico”, ressalta a diretora do CDI.

 

Fabricação e testes clínicos da vacina contra gripe causada pela influenza aviária H5N1

O esforço para a preparação de uma vacina antes da chegada da influenza aviária H5N1 ao Brasil começou assim que chegaram as notícias dos primeiros casos recentes em humanos. “A Diretoria, o CDI, e a Produção começaram a discutir a possibilidade de estudar o desenvolvimento de uma vacina, ainda quando os relatos de casos eram muito escassos, e tomaram a decisão de adquirir as cepas, pensando em realizar estudos e preparar protocolos que permitissem dar respostas rápidas no caso de necessidades”, conta Ana Marisa.

Entre a aquisição e a chegada das cepas, a possibilidade de pandemia começou a ser discutida de forma mais recorrente. “Da mesma forma que nós do instituto nos adiantamos, o Ministério da Saúde, numa ação preventiva, procurou o Butantan para saber da possibilidade de prepararmos um estoque estratégico”, lembra a diretora do CDI.

As lideranças científicas se uniram ao time de produção para começar, de fato, a fabricação do estoque e os testes pré-clínicos e clínicos. “Inicialmente a gente não pensava em fazer um ensaio clínico, íamos fazer um pré-clínico apenas com o avanço da influenza aviária. Mas, por termos a tecnologia em mãos, agora a ideia é irmos até a fase 1, seguindo guias para pandemia, que são específicos para doenças pandêmicas”, explica a diretora do laboratório de Virologia do Instituto Butantan, Viviane Botosso.

 

Ações pré-pandemia contra gripe aviária

Apesar de a gripe aviária em humanos ainda ser considerada uma doença esporádica, já que são as aves selvagens seus hospedeiros naturais, a influenza aviária já infectou mais de 800 pessoas e matou mais de 400 de 2003 a 2023, representando uma taxa de letalidade de 53%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa que mais da metade dos humanos que contraiu a doença morreu.

Em 2023, casos de influenza aviária A subtipo H5N1, considerado o mais letal, foram confirmados em diferentes países. Os primeiros casos notificados em humanos na América Latina foram o de um homem de 56 anos no Chile e de uma criança de 9 anos no Equador. Desde o ano passado, a região das Américas vive um número crescente de surtos de influenza aviária A(H5) altamente patogênica relatado em aves selvagens, aves domésticas e mamíferos selvagens, preocupando autoridades sanitárias.

Um pai e uma filha de 11 anos foram infectados com a influenza A H5N1 no Camboja – esta última, morta pela doença. Também foram detectados três infectados com a cepa influenza A subtipo H3N8 na China, entre elas uma mulher de 56 anos que também morreu. Dois avicultores testaram positivo para a gripe aviária na Inglaterra, segundo a Agência de Saúde e Segurança do Reino Unido (UKHSA) e estão assintomáticos.

“Como estamos aptos a fornecer milhões de doses de vacina de influenza todos os anos para o Ministério da Saúde, temos condições tecnológicas e de infraestrutura para o desenvolvimento destes imunobiológicos para a gripe aviária. Estamos preparando ações pré-pandemia no âmbito da instituição. Caso seja necessário, teremos protocolos escalonáveis prontos para oferecer respostas rápidas”, completa Ana Marisa.

 

Reportagem: Camila Neumam
Fonte: Butantan

 

 

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