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Categoria: Saúde
By Fábio Reis
Fábio Reis
25.Mai

Terapia hormonal após câncer de mama continua contraindicada

câncer de mama

Ao contrário do que informam as redes sociais, mulheres na menopausa, que passaram por câncer de mama, não devem ser submetidas a tratamento hormonal, reforça a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM)

 

Sob o propósito de amenizar os sintomas do climatério, o uso da terapia hormonal em pacientes que tiveram câncer de mama tem sido amplamente divulgado nas redes sociais. Diante da grande visibilidade alcançada pelo tema, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) se manifesta contrária à utilização deste recurso que requer estudos científicos amplos e confiáveis para ser aplicado. “É fundamental ressaltar que nada mudou e o câncer de mama continua sendo uma contraindicação clássica ao uso de terapia hormonal do climatério/menopausa”, afirma João Bosco Ramos Borges, mastologista pela SBM, professor titular de Ginecologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí e professor da Faculdade Sírio-Libanês.

A fisiopatologia do câncer de mama é caracterizada pelo crescimento descontrolado de células anormais que podem, inclusive, invadir tecidos circundantes e se disseminar para outros órgãos. “Estamos falando de um tumor que tem profunda participação de estrogênio e progesterona, esteroides sexuais femininos, nesta fisiopatologia”, diz João Bosco. O mastologista explica que a terapia hormonal aplicada para aliviar sintomas da menopausa, como ondas de calor, insônia, fadiga e ressecamento vaginal, utiliza, justamente, estrogênio e, em alguns casos, progesterona.

O especialista destaca pelo menos três estudos clínicos bem estruturados que investigam o uso de terapia hormonal em mulheres que sobreviveram ao câncer de mama: “Menopausal hormone therapy after breast cancer: the Stockholm randomized trial”, “Increased risk of recurrence after hormone replacement therapy in breast cancer survivors”, ambos publicados pelo Journal of the National Cancer Institute, e “Safety and efficacy of tibolone in breast-cancer patients with vasomotor symptoms: a double-blind, randomised, non-inferiority trial” (The Lancet Oncology).

As pesquisas, segundo João Bosco, têm o propósito de determinar se a terapia hormonal estaria associada a um risco aumentado de recorrência ou desenvolvimento de novos cânceres de mama. “Os estudos concluem que há, sim, aumento de risco de recorrência da neoplasia. Até hoje, é nesta constatação que profissionais de saúde se baseiam para contraindicar o uso de hormônios”, afirma.

De acordo com o representante da SBM, o artigo que embasa a informação veiculada nas redes sociais sobre a indicação de terapia hormonal na menopausa para mulheres que passaram por tratamento de câncer é uma “revisão narrativa” publicada em 2022. “As revisões narrativas têm baixo nível de evidência na hierarquia tradicional da medicina baseada em evidências e não seguem um protocolo sistemático e transparente como nas metanálises e nos ensaios clínicos randomizados”, diz. “A seleção dos estudos incluídos pode ser subjetiva e tendenciosa, refletindo mais a opinião do autor do que uma análise abrangente da literatura médica”, completa.

Para João Bosco Ramos Borges, o momento é de avançar em estratégias para o diagnóstico precoce do câncer de mama e melhorar os tratamentos que proporcionem maior sobrevida às pacientes brasileiras. “Somos totalmente favoráveis à melhora da qualidade de vida das mulheres após o câncer de mama. Neste sentido, há terapias alternativas, drogas novas chegando, mas a terapia hormonal segue absolutamente contraindicada nesta situação”, conclui o mastologista da SBM.

 

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