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- By Fábio Reis
Brasil e China: memorando de cooperação prevê investimentos e trocas tecnológicas em medicamentos e biotecnologia
Entenda como o memorando de cooperação entre Brasil e China, assinado com a visita de Lula na China, pode impulsionar o setor de alta tecnologia, como as indústrias de medicamentos e biotecnologia.
Brasil e China assinaram uma série de memorandos que visam uma "nova industrialização" no Brasil, com bases sustentáveis, investimentos em setores estratégicos e inovação tecnológica. Um dos documentos assinados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) aborda a cooperação industrial entre os dois países, prevendo tratativas para investimentos e trocas tecnológicas em setores de alta tecnologia, como medicamentos e biotecnologia.
Além disso, o memorando também inclui investimentos nos setores de mineração, energia, infraestrutura, logística, indústria de transformação, nanotecnologia, setor aeroespacial e agroindústria. O setor privado é o principal ator desse acordo de cooperação industrial.
Outro memorando trata da economia digital e visa construir uma infraestrutura econômica capaz de integrar tecnologias interativas inteligentes a diversas atividades. Isso inclui redes de banda larga, navegação por satélite, centros de processamentos de dados, computação em nuvem, inteligência artificial, tecnologia 5G e cidades inteligentes. O documento também aborda questões de regulação, pesquisa, treinamento e capacitação.
Por fim, o terceiro memorando é sobre a facilitação do comércio entre os dois países. Ele apresenta diretrizes no âmbito do Grupo de Trabalho de Facilitação do Comércio, que prevê conversações para eliminação de barreiras e adoção de boas práticas comerciais e regulatórias em temas de interesse bilateral.
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, destacou a importância da parceria com a China e disse que a troca de conhecimentos entre os países é muito importante neste momento. Ele afirmou que há uma sinergia entre o projeto chinês Made In China 2025 e o pensamento do MDIC, recriado pelo presidente Lula. As duas nações querem desenvolver produtos inovadores e modernizar sua produção industrial, disse Alckmin.
A cooperação entre Brasil e China pode ajudar o Brasil a ocupar um lugar de destaque na indústria 4.0, caracterizada por abranger sistemas tecnológicos como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem. As tratativas entre os dois países serão pautadas também por questões ambientais, como a atração de investimentos em energia renovável, infraestrutura verde, manejo sustentável de florestas e tecnologia e inovação.
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