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- Categoria: Mercado Farmacêutico
- By fabio
Cerca de 400 indústrias espalhadas pelo país. Esse é o retrato do setor farmacêutico que, além de aumentar cada vez mais a competitividade, vive de inovação.
Diante desse cenário, a TI (tecnologia da informação) é estratégica para o negócio e tudo o que representa manutenção e gastos com infraestrutura fica nas mãos de terceiros. Entretanto, um das carências desse segmento é encontrar consultores que dominem o negócio ou alguém que já esteve do outro lado e conhece os desafios do CIO.
Com 27 anos atuando na TI em uma das maiores indústrias farmacêuticas, a Eli Lilly, Carlos Oliveira passou os últimos 10 liderando a TI da companhia, na posição de CIO. Essa bagagem o despertou para a área de consultoria até chegar na Sonda Procwork, que acaba de inaugurar uma unidade de negócios para atender esse segmento.
Não por acaso que Oliveira chega na Sonda e a companhia inaugura uma unidade especialmente para atender o setor. A RDC 44, que foi criada pela Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao Ministério da Saúde (Sesau), visa garantir a uniformização do setor farmacêutico e passa a vigorar a partir do dia 18 de fevereiro em todo o Brasil. Por esta razão o segmento discute as determinações do Ministério da Saúde (MS) que tratam do sistema de gerenciamento de produtos controlados e combate à falsificação e contrabando de medicamentos.
“Além de ser um setor que vive a dinâmica de regulamentações e compliance com o governo, os diretores de TI precisam ser melhor assistidos pelos fornecedores. As empresas vendem produtos e serviços, mas falta um atendimento mais consultivo, o pós-venda. Isso é da indústria de TI. Antes de chegar na Sonda, ainda quando estava na Lilly, já realizava reuniões com os CIOs do segmento”, conta Oliveira. Entretanto, ele confessa: “quando estamos dentro de um universo, só naquela organização, não temos a visão do tamanho exato do mercado em que atuamos”, observa.
Ele afirma que é um setor que trabalha com muita tecnologia de ponta pelo seu DNA de Pesquisa e Desenvolvimento. Por isso, também terceiriza muito e essa prática já acontece há cerca de cinco anos.
“Quando você está na posição de CIO o fornecedor descarta 50% daquilo que é da sua necessidade. Hoje estou aqui e vivo esse índice. De fato, é preciso mais conhecimento do negócio para vender certo porque, muitas vezes, o fornecedor não envolve a equipe do CIO ou acha que indo direto no CFO resolve”, diz. Para ele, o CFO não caminha sozinho. “Raro achar um diretor financeiro que domine assuntos relacionados a TI, ele domina planilhas. Não entra no dia-a-dia do CIO”.
Diagnóstico
Com mais de 30 clientes no setor farmacêutico, a Sonda Procwork atuará como uma parceira das indústrias a partir de soluções que suportem desde as necessidades de aplicativos de gestão até os requisitos das Secretarias, Governos e entidades regulamentadoras do segmento. O executivo contará com uma equipe de especialistas no segmento farmacêutico para prestar um serviço de ponta a ponta, atendendo toda a demanda que envolve este mercado.
Para 2010, a companhia se preparou tanto para disponibilizar uma nova equipe focada nesta indústria, quanto na integração de seu portfólio com tecnologias de ponta, atendendo às futuras demandas geradas pelas próprias necessidades de alterações dos processos de negócios destas corporações, como a prática de controle e a evolução do uso de sistemas de TI, assim como pelas ações motivadas pelo Governo Federal, que são suportadas a partir das inovações realizadas em seus softwares fiscais complementares ao SAP.
Oliveira é formado em Administração de Empresas, com MBA em Análise de Sistemas. Antes de ingressar na Eli Lilly, o executivo atuou na Alcoa, nas Perfumarias Phebo (atual divisão ProcterGamble) e na Abbott.
Fonte: Paula Zaidan - Decision