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Categoria: Mercado Farmacêutico
By Fábio Reis
Fábio Reis
04.Jul

Anvisa aprova novo medicamento injetável com aplicação semestral contra colesterol ruim (LDL)

novartis farmaceutica suica

Com duas aplicações ao ano, injeção reduziu em 52% o nível do LDL e surge como alternativa para pacientes que já tiveram infarto ou AVC isquêmico [1][2]

 

 

Nesta segunda-feira, a Anvisa aprovou um novo medicamento para o controle do colesterol ruim (LDL). Inclisirana, da Novartis, é indicado para adultos com hipercolesterolemia primária (familiar heterozigótica ou não familiar) e dislipidemia mista. É uma novidade para a redução do colesterol ruim (LDL), especialmente em pacientes de muito alto risco cardiovascular – ou seja, que já sofreram ataque cardíaco (infarto) ou derrame (AVC isquêmico).

“Pacientes que já sofreram com ataque cardíaco ou derrame precisam não só reduzir o colesterol ruim (LDL), mas controlá-lo, isto é, mantê-lo abaixo de 50mg/dL”, conta o Dr. Raul Santos, cardiologista do InCor-HCMFUSP, professor associado da Faculdade de Medicina da USP e ex-presidente da Sociedade Internacional de Aterosclerose (IAS). “Manter o colesterol ruim (LDL) controlado é essencial para que um paciente não volte a ter novos eventos cardiovasculares graves como esses, que têm mais chances de acontecerem depois de um primeiro caso”[3]. Completa o especialista, explicando ainda que essa meta foi definida a partir de atualizações de diretrizes nacionais e internacionais da especialidade.

Inclisirana utiliza como mecanismo de ação um pequeno RNA de interferência que limita a produção da proteína hepática PCSK9, auxiliando na redução dos níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue[4]. Segundo a série de estudos ORION, que demostrou os dados de eficácia e segurança do medicamento, duas injeções da substância ao ano foram suficientes para reduzir, em média, 52% dos níveis de colesterol ruim (LDL) em pacientes que já tomavam a dosagem máxima de estatina tolerada [1][5], mas que ainda não haviam alcançado a meta de acordo com seu risco cardiovascular.

Hoje, 92,6% dos pacientes que sofreram infarto não estão com o colesterol ruim (LDL) abaixo de 50mg/dL[6]. “Mesmo mudando o estilo de vida e tomando as medicações mais comuns para o controle do colesterol, muitos desses pacientes que já tiveram um ataque cardíaco ou um derrame não conseguem manter o colesterol ruim (LDL) dentro da meta. Nesse sentido, a inclisirana entra em cena como um avanço para controlarmos o colesterol ruim (LDL) nesses pacientes”. Associado ao tratamento medicamentoso, Dr. Raul reforça a importância de aliar uma alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável[7].

Já aprovado pelos órgãos reguladores dos Estados Unidos e da União Europeia, inclisirana ganha aprovação da Anvisa no Brasil, onde anualmente ocorrem cerca de 400 mil mortes relacionadas a doenças cardiovasculares[8] – número maior do que todas as mortes por cânceres somadas[9]. Esses eventos cardiovasculares têm a aterosclerose (acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, principalmente causada pelo colesterol ruim (LDL) alto) como uma de suas principais causas[10] [11].

“As doenças cardiovasculares, especialmente a aterosclerose, são a principal causa de mortalidade no Brasil, demonstrando a necessidade de novos tratamentos para pacientes que precisam atingir as metas de colesterol ruim (LDL) recomendadas pela SBC”, explica Priscila Raupp, gerente médica sênior de cardiologia da Novartis no Brasil. “Inclisirana surge como um tratamento inovador, que oferece conveniência e praticidade ao paciente, ao mesmo tempo em que promove uma redução eficaz e sustentada do colesterol ruim (LDL)[12]”, completa. “Desta forma, o paciente pode retomar sua rotina após um episódio de infarto ou AVC”.

O controle do colesterol ruim (LDL) é, portanto, essencial para a saúde do coração: “A alimentação é responsável por cerca de 25% do colesterol no sangue [13]. Para pacientes que já sofreram ataque cardíaco (infarto) ou derrame (AVC), a adoção de dieta e exercício é necessária, mas não é suficiente para controle do colesterol ruim (LDL). Para diminuir o risco de um novo infarto ou um novo AVC, esses pacientes precisam tomar regularmente seus medicamentos, conforme a orientação do cardiologista”, completa Santos.

 

Brasileiros conhecem o colesterol, mas sabem pouco sobre

Grande parte dos brasileiros (64%) desconhece seu risco cardiovascular e, consequentemente, sua meta de colesterol ruim (LDL) para reduzir a chance de ataque cardíaco e derrame cerebral[14]. É o que aponta uma pesquisa encomendada pela Novartis em parceria com a Ipsos. Apesar de 80% conhecerem o termo “colesterol”, esse ainda é um tema sobre o qual os brasileiros não só sabem pouco, como também não se preocupam.

No levantamento, a Ipsos pediu aos entrevistados que ranqueassem, de acordo com nível de preocupação, algumas das doenças e condições clínicas mais comuns do dia a dia. Entre as doenças cardiovasculares e metabólicas, o colesterol ruim (LDL) não controlado é a que menos preocupa os brasileiros. Curiosamente, lideram o ranking infarto e AVC, problemas cardiovasculares que são diretamente ligados ao excesso do colesterol ruim (LDL) no sangue.

A pesquisa, que ouviu 1000 entrevistados em dezembro de 2022, trouxe ainda um alerta: os brasileiros não enxergam o colesterol como um vilão silencioso (como a classe médica enxerga), já que só 12% dos entrevistados têm consciência de que o colesterol ruim (LDL) alto não gera sintomas. Entre aqueles que conhecem o colesterol, 50% acreditam que é possível controlá-lo sem remédio, mesmo quando o paciente se enquadra em um perfil considerado de alto ou muito alto risco. A alimentação (50%) e a eliminação da ingestão de alimentos gordurosos (58%) são vistas como as principais formas de controle do colesterol.

Outro dado preocupante é referente aos pacientes que precisam ter um controle mais rígido do colesterol ruim (LDL), como aqueles que já tiveram infarto ou AVC: 68% deles não sabem que tem que manter o colesterol ruim (LDL) abaixo dos 50mg/dL e apenas 34% dos diagnosticados com colesterol ruim (LDL) não controlado fazem uso de medicação para auxiliar na redução.

 

Referência

[1] Raal F, Kallend D, Ray K, et al. Inclisiran for Heterozygous Familial Hypercholesterolemia. N Engl J Med. 2020;382(16):1520–1530.

[2] Ray K, Wright R, Kallend D, et al. Two Phase 3 Trials of Inclisiran in Patients with Elevated LDL Cholesterol. N Engl J Med. 2020;382(16):1507–1519.

[3 Jeong, Su‐Min, et al. Effect of change in total cholesterol levels on cardiovascular disease among young adults.Journal of the American Heart Association7.12 (2018): e008819

[4] Saborowski M, Dölle M, Manns MP, et al. Lipid-lowering therapy with PCSK9-inhibitors in the management of cardiovascular high-risk patients: Effectiveness, therapy adherence and safety in a real world cohort. Cardiol J. 2018;25(1):32–41.

[5] (Stoekenbroek RM, Kallend D, Wijngaard PL, et al. Inclisiran for the treatment of cardiovascular disease: the ORION clinical development program. Future Cardiol. 2018;14(6):433–442.)

[6] Bernardi A, Olandoski M, Erbano LO, Guarita-Souza LC, Baena CP, Faria-Neto JR. Achievement of LDL-Cholesterol Goals after Acute Myocardial Infarction: Real-World Data from the City of Curitiba Public Health System. Arq Bras Cardiol. 2022 May 9;118(6):1018–25.

[7] Centers of Disease Control and prevention (CDC). Preventing High Cholesterol. Disponível em: https://www.cdc.gov/cholesterol/prevention.htm Acesso em maio de 2021.

[8] Adaptado de: Global Burden Disease https://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/Global Burden Disease. Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) is an independent global health research center at the University of Washington. Disponível em https://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/

[9] Global Burden Disease. Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME). Disponível em https://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/. Acessado em 09/02/2022

[10] Ference BA et al. JACC 2018. 72(10):1141-56

[11] Ference BA et al. EHJ 2017. 38(32):2459-2472

[12] Ray KK, Wright RS, Kallend D, et al. Two Phase 3 Trials of Inclisiran in Patients with Elevated LDL Cholesterol. N Engl J Med. 2020;382(16):1507-1519. doi:10.1056/NEJMoa1912387

[13] Ference BA, Graham I, Tokgozoglu L, et al. Impact of Lipids on Cardiovascular Health: JACC Health Promotion Series. J Am Coll Cardiol. 2018 Sep 4;72(10):1141-1156.

[14] POP20221952 - Pesquisa Ipsos - Awareness Colesterol. Estudo quantitativo realizado pela Ipsos a pedido da Novartis no Brasil entre 16/12/2022 e 20/12/2022. Foram realizadas 1000 entrevistas online em amostra representativa da população brasileira. Margem de erro de 3.1 p.p.

BR-26911

 

 

 

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