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- Categoria: Saúde
- By Fábio Reis
ONU defende certificação de produtos brasileiros para mercado global de saúde sexual e reprodutiva
O representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil, Jaime Nadal, voltou nesta semana a defender o potencial do país em oferecer produtos de saúde sexual e reprodutiva para agências da ONU — que distribuem métodos anticoncepcionais em outras nações em desenvolvimento e em crises humanitárias.
Em Brasília (DF), o dirigente participou da Frente Parlamentar da Indústria Pública de Medicamentos. Com a presença do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o evento na Câmara dos Deputados discutiu o fortalecimento e o desenvolvimento dos laboratórios públicos brasileiros.
Jaime Nadal explicou que essas instituições precisam de uma pré-qualificação para poderem vender seus produtos a agências da ONU. Essa certificação é feita pelo UNFPA e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“A pré-qualificação dos insumos de laboratórios brasileiros em saúde sexual e reprodutiva permitiria a inclusão de produtos em nosso catálogo, ampliando a sua participação no mercado internacional”, disse o dirigente.
O fundo das Nações Unidas ocupa uma posição estratégica no fornecimento mundial de produtos de saúde sexual e reprodutiva, como preservativos femininos e masculinos e dispositivos intrauterinos — os DIUs — de cobre.
“Ampliar a disponibilidade de insumos é, para o UNFPA, uma maneira de dar melhor resposta às demandas dos países, para garantir acesso universal a insumos de qualidade, garantindo o direito à saúde para aqueles que mais precisam deles”, completou Nadal.
Frente Parlamentar
A Frente Parlamentar é composta por mais de 200 deputados e é coordenada pelo ex-ministro da saúde, o deputado Ricardo Barros (PP-PR). A associação de parlamentares visa debater desafios e políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS).
“O desafio é aumentar o acesso e diminuir o custo dos medicamentos no Brasil. Nós vamos discutir ao longo deste ano a política de desenvolvimento dos laboratórios no país”, afirmou Barros.
Fonte: ONU Brasil