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- Categoria: Saúde
- By Fábio Reis
Com queimadas cada vez mais frequentes, purificadores de ar se tornam aliados na prevenção de doenças respiratórias
Combinação de calor, ar seco e poluição cria o cenário perfeito para o surgimento de problemas respiratórios.
A qualidade do ar nos centros urbanos tem se tornado uma preocupação cada vez maior, especialmente devido ao aumento da poluição atmosférica e das mudanças climáticas, resultando em queimadas frequentes em diversos pontos do país. As consequências para a saúde, como o aumento de doenças respiratórias, comprovam a necessidade de investir em soluções eficazes para garantir um ambiente mais saudável, tanto em residências quanto em espaços comerciais.
Em 2024, a Organização Mundial da Saúde anunciou que mais de 99% da população mundial respira ar que não cumpre os níveis recomendados. A OMS estima que isso causa 7 milhões de mortes prematuras por ano. O dado é preocupante, já que a poluição pode afetar a saúde em todas as fases da vida, estando relacionada com doenças como o câncer de pulmão, asma, bronquite e até infartos. Essa situação tem levado a uma alta na incidência de condições respiratórias crônicas, principalmente em grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos.
Segundo Patrick Galletti, especialista em climatização e CEO do Grupo RETEC, a integração de sistemas de purificação de ar não é apenas uma tendência, mas uma necessidade. "Com o aumento das reportagens sobre os impactos da qualidade do ar em nossas vidas, é essencial considerar soluções que melhorem a qualidade do ambiente interno. Investir em purificação e renovação do ar protege a saúde e representa uma economia a longo prazo, prevenindo problemas maiores no futuro", afirma Galletti.
Projetos de climatização que incluem a filtragem do ar têm um papel fundamental na criação de ambientes saudáveis. Além de reduzir a presença de poluentes internos, esses sistemas ajudam a controlar a umidade e a temperatura, proporcionando maior conforto e bem-estar. Em locais onde a poluição externa é elevada, esta pode ser a principal linha de defesa contra a entrada de contaminantes prejudiciais.
Galletti destaca que a combinação de calor, ar seco e poluição cria o cenário perfeito para o surgimento de problemas respiratórios. "Estamos presenciando os efeitos diretos das altas temperaturas do planeta e nosso corpo não está preparado para lidar com estes extremos. Um bom projeto de climatização melhora a qualidade de vida atual e ainda prepara o ambiente para enfrentar as condições climáticas futuras, que tendem a ser cada vez mais desafiadoras", explica.
Os purificadores de ar atuam removendo partículas como poeira, pólen, ácaros e até mesmo vírus e bactérias, contribuindo para a prevenção de doenças respiratórias. Em um cenário de altos níveis de poluição, esses dispositivos se tornam indispensáveis, especialmente em locais fechados, onde a ventilação natural é limitada.
Em casos de queimadas, as vias aéreas são as mais afetadas devido à alta concentração de fumaça e poluentes. Recomenda-se manter as portas e janelas fechadas, evitar atividades físicas intensas durante os períodos mais críticos e, claro, utilizar purificadores de ar e umidificadores. A hidratação também é essencial para manter as vias respiratórias umedecidas e diminuir os efeitos adversos da exposição a um ar altamente poluído.
Sobre Patrick Galletti
Patrick Galletti é Engenheiro Mecatrônico, pós-graduando em Engenharia de Climatização e estudante do curso "O impacto das mudanças climáticas na saúde das pessoas", pela Universidade de Harvard. Possui experiência em engenharia de orçamento, gerenciamento de riscos de construções, obras e operações offshore em uma das maiores empresas do Brasil, além de oito anos de atuação no mercado de climatização. Atualmente, é CEO do Grupo RETEC, uma empresa pioneira e referência com mais de 42 anos de atuação no mercado de AVAC-R (aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração).