André Reis conversou com nossa equipe sobre a carreira de propagandista, também disponibilizou um vídeo de uma simulação de propaganda médica que pode ser visualizado no final da entrevista.

 

Portal: Como e por que o senhor começou a atuar no setor comercial da indústria farmacêutica?
André Reis:
Comecei em 1986 como treinee da área de finanças na Merck. Aos 26 anos comecei a procurar emprego em empresas alemãs. Desta forma escrevi um anúncio pessoal na revista da Câmara de Comércio Brasil - Alemanha. O diretor financeiro da empresa leu o anúncio e me chamou para uma entrevista. Ele gostou de mim e me propôs o programa de treinee com possibilidades de aproveitamento futuro.



Portal: Quais os conhecimentos profissionais você acredita ser indispensáveis para quem deseja seguir a carreira de propagandista?
André Reis:
Sem dúvida Anatomia, Fisiologia, Patologia e Farmacologia.



Portal: Em relação a requisitos pessoais, Qual o perfil de um bom propagandista?
André Reis:
No curso eu desenvolvo seis competências básicas: relacionamento interpessoal, comunicação falada, orientação ao cliente, orientação ao resultado, negociação e tomada de decisão.



Portal: Profissionais com que formação são preferidos pelas empresas para atuar como propagandistas?
André Reis:
Algumas empresas impõe critérios para iniciação como estágio nas áreas de marketing, comunicação ou administração, mas representam uma minoria com relação ao mercado.



Portal: Você recomenda algum curso para quem deseja seguir a área? Qual ou quais?
André Reis:
Há poucos cursos específicos disponíveis no mercado. No Rio de Janeiro há dois (sendo um o meu), em SP há um e em Porto Alegre outro. Desconheço iniciativas semelhantes em outros estados.



Portal: Para você qual é a importância do propagandista para o mercado farmacêutico?
André Reis:
Fundamental. Representante ainda é a grande fonte de atualização sobre mercado farmacêutico para a classe médica.


Portal: Qual a renda mensal média de um propagandista?
André Reis:
Mínimo de R$ 2,5 mil para estagiário e máximo de R$ 8 mil para representante da linha hospitalar de multinacional.



Portal: Na sua opinião o que propagandista deve priorizar dentre tantas as tarefas e competências a desenvolver?
André Reis:
Visitar médicos com objetivo definido. Desenvolver o trabalho com consistência profissional e pessoal.



Portal: Como é o dia a dia de trabalho do propagandista?
André Reis:
Abastecer a mala do carro e sair de casa para visitar um painel de médicos e farmácias. Nesta visita ele promove os produtos da empresa com o objetivo de conquistar o receituário do médico, através da mudança do hábito prescritivo atual. Quando ele visita as farmácias procura observar a distribuição dos produtos no ponto de venda, lançar novos produtos e tirar dúvidas dos funcionários.

 

Portal: O profissional tem liberdade para visitar os estabelecimentos ou segue uma rota pré estabelecida pela empresa?
André Reis:
Segue uma rota estabelecida por ele mesmo, pois possui grande autonomia de trabalho.


Portal: Na sua opinião quais dificuldades geralmente surgem no dia a dia de trabalho do propagandista?
André Reis:
Médico ausente do trabalho, consultório cheio, secretárias que dificultam o acesso ao médico e trânsito lento.


Portal: Em média quantas visitas o profissional propagandista realiza por dia?
André Reis:
De 10 a 20 conforme estabelecido pelo laboratório.


Portal: O que você acredita ser indispensável para que o propagandista conquiste clientes?
André Reis:
Ser competente pessoalmente conforme descrito anteriormente e conhecer profundamente seus produtos e a necessidade do médico.



Portal: Você recomenda a área de propagandista para os profissionais farmacêuticos? Por que?
André Reis: Sem dúvida! Foi por isto que montei meus cursos. Gosto tanto do que faço há 22 anos que quero incentivar mais pessoas a ingressarem neste setor.



Portal: Você acha que a experiência é essencial para atuar na área ou também possui espaço para os profissionais recém formados?
André Reis:
Há muito espaço para recém formados! Meus alunos não possuem experiência, mas após o curso encaram os processos seletivos com a segurança de veteranos na propaganda e muitos consegue se colocar na indústria.


Portal: Qual o erro que pode ser determinante para o insucesso na carreira de propagandista?
André Reis:
Visita fria, ou seja anotar que visitou o médico sem vê-lo. Trata-se de falta gravíssima, geralmente punida com demissão quando descoberta pelo laboratório.



Portal: Você tem alguma história ou momento marcante durante todos estes anos de profissão, que possa servir de ajuda, conselho ou incentivo para aqueles que desejam seguir a área?
André Reis:
A indústria farmacêutica é um setor que trabalha com tecnologia de ponta. Para entrar e permanecer nele você tem que estudar muito, trabalhar mais ainda e se reinventar quando necessário. Quem é acomodado ou não consegue entrar ou é excluído rapidamente.



Portal: Costumo receber muitas dúvidas de profissionais que desejam seguir a profissão de propagandista. Uma das dúvidas que recebi este mês foi “Tenho muito interesse em ingressar no ramo farmacêutico como propagandista, existe alguma possibilidade para quem não é do ramo e não possui experiência comprovada?”
André Reis:
Sim, desde que tenha as competências necessárias. Se você é um bom vendedor ou tem boa experiência em atendimento a clientes já está num caminho interessante.



Portal: O que você deixaria de mensagem final para aqueles que já atuam na área ou desejam atuar?
André Reis:
Meus cursos estão à disposição e em caso de dúvida escreva para mim. Sucesso para todos!

 

Assistar aos vídeos abaixo e saiba mais sobre a profissão:

Propaganda médica simulada:

 

Apresentação do Curso representação e marketing farmacêutico:

 

Para conhecer melhor os cursos de André Reis acesse http://repfarma.com