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- By Fábio Reis
Farmacêutico reponsável por farmácia que vendeu medicamento errado que levou à morte de bebê pode ter registro suspenso
Responsabilidade conjunta do profissional farmacêutico e da farmácia é tema de investigação do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF/GO) sobre o caso da suposta venda errada de medicamento que teria causado a morte de um bebê de 2 meses em Goiás.
De acordo com o jornal O Popular, em artigo publicado nesta terça-feira (7/3) em seu site, o farmacêutico responsável técnico pela farmácia que vendeu o medicamento errado que pode ter causado a morte de um bebê de 2 meses pode ter seu registro profissional suspenso. A confusão das embalagens que ocasionou a entrega do medicamento errado, foi dispensando um colírio ao invés de medicamento para enjoo. A venda foi realizada por um atendente, alguém inexperiente, segundo o diretor-secretário do Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF-GO), Daniel Jesus.
Embora tenha sido um atendente ou balconista da farmácia que tenha vendido o medicamento, o farmacêutico é o responsável pelo treinamento e pela preparação daquele profissional. O diretor do CRF-GO ainda ressalta que a responsabilidade do farmacêutico é conjunta com o proprietário da farmácia, pois é dever do estabelecimento manter o profissional em 100% do tempo, o que não estava sendo cumprido, já que durante as fiscalizações detectou-se que a farmácia em questão tinha um farmacêutico presente em apenas 75% das vezes nos últimos dois anos.
O Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) abriu uma investigação interna e disse que vai avaliar e julgar o caso - confira a nota do CRF/GO sobre o caso da morte do bebê envolvendo a venda de medicamento errado. Se comprovada a culpabilidade, será aplicada uma multa a ser definida e o farmacêutico pode ter o registro profissional suspenso e até cancelado. O jornal O Popular tentou contato com a farmácia, que vendeu o medicamento errado para o avô do bebê, para posicionamento, mas não obteve retorno até a publicação da matéria no dia 7/3.
O caso reforça a importância dos profisisonais farmacêuticos em relação à orientação aos pacientes sobre medicamentos. A população deve sempre buscar informações, e, em caso de dúvidas, procurar orientação do farmacêutico responsável técnico.
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