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- Categoria: Mercado Farmacêutico
- By Fábio Reis
GSK e Pfizer iniciam fusão para criar empresa líder mundial em medicamentos de venda livre
Perspectiva de faturamento no país está estimada em torno de R$ 1 bilhão
A britânica GlaxoSmithKline (GSK) e a americana Pfizer Consumer Healthcare, duas das principais farmacêuticas globais, iniciaram neste mês o processo de fusão de suas operações no Brasil, que dará origem à uma nova Joint Venture, a GSK Consumer Healthcare.
O acordo entre as duas empresas resultará na maior companhia do mundo voltada para produtos de venda livre de prescrição médica, o segmento OTC. Com a joint Venture, a GSK Consumer Healthcare amplia o portfólio no mercado brasileiro, que passa a incluir as marcas Centrum, Advil, Stresstab e Caltrate, da Pfizer.
Inicialmente, a união havia sido anunciada em dezembro de 2018. Mas foi só em agosto deste ano que as companhias confirmaram a conclusão do acordo para a criação da Joint Venture. Estima-se que o faturamento da GSK Consumer Healthcare seja de quase 10 bilhões de libras.
No Brasil, o Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, em junho, a fusão entre as duas farmacêuticas. Segundo a decisão, a empresa resultante da operação contará com participação acionária majoritária da GSK, com 70%, enquanto a Pfizer ficará com 30%.
De acordo com a empresa, o faturamento no Brasil deve ficar em torno de R$ 1 bilhão - espera-se que a Joint Venture cresça 5% logo em 2020. “Existe um plano de crescimento para a organização como um todo. Vamos acelerar o crescimento das marcas e aproveitar as novas oportunidades do mercado no país”, diz Renato Camera, diretor de marketing da GSK Brasil.
A GSK atua em mais de 150 países e conta com cerca de 95 mil funcionários ao redor do mundo. No Brasil, a joint venture utilizará a estrutura já existente da marca, que tem duas unidades: o Centro de Distribuição em Duque de Caxias (o CDDC) e a fábrica em Jacarepaguá, ambas no Rio de Janeiro.
“As duas empresas são muito complementares”, afirma a presidente da GSK Brasil, Andrea Rolim. “Vamos avaliar as marcas da Pfizer com maior potencial de crescimento e aplicar um investimento robusto para aumentar o nosso mercado em categorias que não atuávamos antes.”
A empresa já anunciou que, em um prazo de três anos, a Joint Venture deve se separar da GSK, tornando-se uma empresa independente de Consumer Healthcare. Globalmente, a integração completa das duas companhias deve acontecer até 2021.
Artigo POR MICAELA SANTOS
Fonte: Época Negócios
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