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- By Fábio Reis
Caipirinha um remédio popular para pandemia da gripe espanhola
Em 1918, em meio a terrível pandemia da gripe espanhola, a população recorria ao conhecimento popular para tratar os sintomas da doença, deste conhecimento nascia no interior de São Paulo um remédio popular que seria conhecido como caipirinha.
O xarope era feito através da maceração de pedaços de limão com casca, mel e um pouco de cachaça. Outras receitas adicionavam alho na formulação. A demanda de produtos para fazer o remédio caseiro “caipirinha” fez com que o preço do limão dispara-se, na época, e a fruta sumiu das mercearias e mercados.
Alguns atribuem a criação da caipirinha a um cidadão chamado Paulo Vieira, proprietário de terras no município paulista de Piracicaba, na Região Centro-Oeste do estado, a mesma de Americana e Santa Bárbara. Ele a teria ministrado pioneiramente, como remédio, aos camponeses que pegavam a gripe espanhola.
A moradora de Piracicaba Maecira Pereira Araujo, atualmente com 101 anos, confirma a história, mas nega que ela seja criação de uma única pessoa “Sempre ouvi que todo o mundo no município tomava cachaça misturada com limão e mel para combater a gripe espanhola. Foi invenção anônima, não de uma pessoa”.
Durante a Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, a bebida foi servida para os convidados ganhando popularidade entre os artistas e se espalhando pelo Brasil. Em 1930, já era possível encontrá-la em outros estados, especialmente no Rio de Janeiro e Minas Gerais.
A palavra caipirinha é diminutivo feminino de caipira, adjetivo de dois gêneros de origem tupi, com o qual os moradores da capital costumavam denominar quem morava no interior.
Com o passar do tempo, saiu o limão-galego e deu lugar ao Taiti, o mel deu lugar ao açúcar e o alho saiu da receita. Com o advento da tecnologia, o calor de nosso país, fez a bebida ganhar o gelo para deixá-la mais refrescante.
Ainda no Brasil o uso de mel e limão ou chá de alho está no consciente popular para combater as gripes.
A origem da caipirinha como remédio popular é defendida pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) e a origem geográfica é confirmada em outros estudos.
Texto por Fábio Reis para PFARMA
* A reprodução é permitida, desde que citado o autor e fonte com link para https://pfarma.com.br
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